A capital do Piauí cobra, em média, o valor mais alto por litro de gasolina comum no Brasil, R$ 6,49. O dado é do Sistema de Levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que pesquisou os preços praticados em diversos postos do país entre os dias 29 de agosto e 4 de setembro.
Em Teresina, foram consultados 41 postos. No levantamento anterior, a cidade foi considerada a capital do Nordeste com a gasolina mais cara, com o preço médio de R$ 6,47.
Gasolina mais cara do país
Levantamento foi feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre os dias 29 de agosto e 4 de setembro
O Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis do Piauí (Sindipostos) informou que o valor é influenciado por três fatores: a desvalorização do real, a logística de distribuição e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Atualmente, segundo levantamento da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), o Piauí tem o segundo ICMS mais alto do país, no estado o imposto equivale a 30% do preço final do produto, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, onde são cobrados 34%.
A Secretaria de Fazenda do Piauí (Sefaz) afirma que não há qualquer alteração na alíquota do ICMS de combustíveis desde 2017. O órgão diz que os constantes reajustes se devem a política de preços praticada pela Petrobrás, cuja gestão depende do Governo Federal.
Contudo, o Sindipostos apontou que embora a alíquota não tenha aumentado, o valor cobrado pelo ICMS teve um aumento de 0,46 centavos entre janeiro e agosto.
“A Sefaz calcula com base no valor que acreditam que vai ser vendido. Foram nove aumentos desde janeiro. Começou o ano com R$ 1,46 e inciamos setembro com R$ 1,92”, disse Alexandre Valença, do Sindipostos.
O gestor afirmou ainda que o transporte do combustível para a capital também contribui em grande parte para o encarecimento. “Diferente de outros estados não temos porto e a gasolina que vem para cá vem de trem e caminhão, isso tem um custo alto”, relatou.
Crédito: G1