Apontado como um dos líderes da milícia que age em Itaboraí, o ex-policial militar Alexandre Loback Geminiani, pode ter voltado ao grupo paramilitar local, elegendo novos colaboradores como pessoas de confiança. Loback, que conseguiu escapar da megaoperação montada pela Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) para tentar desarticular o grupo, no ano passado , estaria recebendo novas orientações, passadas diretamente de dentro do sistema penitenciário por Orlando Oliveira de Araújo , o ‘Orlando de Curicica’, apontado como a grande liderança do grupo, mesmo encarcerado em outro estado.
Loback está foragido desde o dia 4 de julho de 2019, quando foi deflagrada a megaoperação da DH, com apoio do Ministério Público (MP), em que mais de 40 pessoas acusadas de liderar a milícia foram presos. A investigação da especializada apontou que ‘Orlando de Curicica’, mesmo preso, conseguiu montar um bem organizado grupo em Itaboraí, associando milicianos a maus policiais. Loback, segundo as investigações, por suas articulações e conhecimentos com colegas de farda, conseguia que eles ‘vendessem’ para os milicianos traficantes presos em operações policiais na cidade.
A prática, que ficou conhecida como ‘venda de cabeças’, teria sido montada para retirar de circulação os criminosos que agiam nas comunidades, através de execuções, para facilitar as atividades dos milicianos na conquista de bairros conquistados. Segundo levantamentos da polícia, mais de 50 pessoas foram executadas pelos milicianos a partir de 2018.
Após as prisões e massa realizadas pela DH e o MP, os milicianos teriam tentado se rearticular, colocando uma mulher na linha de comando em dois bairros no município. Rosane Moreira da Silva da Conceição Almeida, a ‘Tia’, segundo as investigações, estaria agora, na ‘linha de frente’ nos bairros de Porto das Caixas e Visconde, ficando subordinada a Loback, que teria recebido ordens dos ‘chefões’ para tentar reorganizar o grupo paramilitar e impedir que o tráfico refaça a ‘espinha’ dorsal para controlar bairros considerados de classe média, onde a cobrança de ‘taxas de segurança’ a moradores e comerciantes’ passou a ser um negócio rentável,rendendo mais de R$ 100 mil por mês.
Segundo as investigações, o posto de chefe da quadrilha pertencia a miliciano Renato Nascimento dos Santos, o ‘Renatinho Problema’, braço-direito de Orlando, até sua prisão, em dezembro de 2018. Depois, comparsas começaram a disputar o posto de chefe. Segundo a denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público do Rio, que culminou com a decretação da prisão de mais de 70 milicianos, Rosane era a gerente financeira da quadrilha. tendo Loback assumido o comando a partir do ano passado, como apoio de ‘Orlando Curicica’.
Loback – Para organizar o grupo e controlar toda a contabilidade do que era arrecadado, Loback, segundo a polícia, montou sua ‘base’ em um confortável apartamento no Centro de Itaboraí, de onde acabou fugindo de forma inusitada, durante a megaoperação da DH no ano passado. Ele conseguiu sair do prédio, pela varanda de seu apartamento, no quarto andar, enquanto os policiais da DH estavam na portaria, se preparando para subir o imóvel. A polícia tem informações de que ele fincou outro esconderijo na região.
Quem tiver qualquer informação a respeito da localização dos envolvidos na milícia de Itaborai, favor denunciar pelos seguintes canais: Whatsapp do Portal dos Procurados (21) 98849-6099; pelo facebook/(inbox), endereço: https://www.facebook.com/procuradosrj/, pelo mesa de atendimento do Disque-Denúncia (21) 2253-1177, ou pelo Aplicativo para celular do Disque Denuncia.
Fonte: Jornal O São Gonçalo