FLIM 2025 acontece em setembro com mais de 100 autores locais

Esta será a 10ª edição do evento, que é um dos maiores do setor literário no país
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Foto: Bernardo Gomes

A 10ª edição da Festa Literária de Maricá (FLIM) – um dos maiores eventos de literatura do país – vai acontecer entre os dias 5 e 14 de setembro, na orla do Parque Nanci, entre 8h e 20h. Neste período, durante as sextas, sábados e domingos, das 20h às 23h, a FLIM vai contar com shows musicais. Ao todo, o evento terá 32 debates, além de sessões de autógrafos e estantes de venda de livros e oficinas. De acordo com a Prefeitura, mais de 100 autores maricaenses vão fazer parte da programação.

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A subsecretária de Assuntos Institucionais da secretaria de Educação, Sônia Freire, comentou sobre a valorização dos escritores locais.

É preciso sempre garantir essa valorização dos nossos próprios escritores. São eles que estão na cidade no dia a dia, se inspirando nela e nos inspirando. Podemos ver o resultado com a participação inclusive de jovens maricaenses que estão produzindo e lançando seus livros na festa”, disse a subsecretária.

Juventude e Rede pública

A participação de estudantes da rede municipal não estará restrita à audiência. Com uma produção plural, que vai de livros especializados em marketing e investimentos até contos, os alunos são esperados “dos dois lados do balcão”.

Aluno da Escola Municipal Clério Boechat, Brunno Pimenta, de 13 anos, que constituiu junto de seus amigos uma editora virtual, a Rubber Livros, comentou sobre a oportunidade de oferecer edições impressas.

“Tudo começou quando eu e meus amigos fomos pesquisar sobre e-book, como era feito. Aí decidimos escrever alguma coisa. Gostamos muito de marketing, de investimento, e fomos pesquisar para escrever e lançamos um livro sobre cada tema. Na FLIM do ano passado, conseguimos vender 100 livros em dois dias!”, disse Brunno Pimenta.

Autor do livro de investimentos ao lado de Brunno, o estudante Marcello Eduardo de Souza – da mesma escola – se prepara para o seu lançamento solo, um livro focado em investimentos, mas com, como ele mesmo diz, “a realidade brasileira”.

“No primeiro nós explicamos investimentos que usam ferramentas de fora. Agora eu explico como fazer tudo aqui no Brasil, na nossa realidade. Eu gosto muito do assunto e quero mudar a mentalidade dos jovens como eu, explicar planejamento financeiro, tudo isso que é importante, mas que fica sempre para depois”, afirmou Marcello.

Na Escola Municipal Lúcio Thomé Guerra Feteira, em Cordeirinho, um trabalho de oficina de escrita realizado no contraturno também virou livro e estará disponível na FLIM. A diretora da unidade, Lorena Mendonça falou sobre os feitos dos alunos.

“Foi um trabalho que reuniu sete alunos do 7º ano. Eles se reuniam semanalmente e cada um construiu um personagem da história. O livro é um conto chamado ‘O segredo do pássaro mágico’ e transformou a vida dos estudantes. Vamos levá-los para autografar na FLIM”, comemorou Lorena Mendonça.

Foto: Elsson Campos

Memória

A produção editorial dos maricaenses garante, ainda, a preservação da memória da cidade e da região. Laura Costa, professora aposentada – que inclusive deu aula para o prefeito, Washington Quaquá e para a vereadora Adriana Costa – , vai para a sua 5ª FLIM:

“Nesta edição vou levar o meu lançamento, que é o ‘Histórias de Maricá’. Neste momento que a cidade recebe tantas pessoas, com tantas histórias, é bom registrar a nossa própria, para que todos conheçam, seja quem nasceu aqui ou quem está adotando Maricá. Falo dos causos do município, que são contados nas conversas, como a primeira batida de carro, a chegada da luz, do telefone. Isso tudo eu remonto a 1930 na pesquisa”, disse a escritora.

Moradora de Maricá, Zezé Pedrosa encontrou a escrita como forma de superar traumas. Em “Vida em chamas”, de 2016, ela dá o seu relato como sobrevivente do incêndio do Gran Circus Norte-Americano, que aconteceu em Niterói, em 1961.

“Eu era uma menina de 11 anos. Era perto do meu aniversário, e completei 12 anos ainda no leito de um hospital, em coma. Escrever sobre isso foi uma libertação, mas lá em 2016 eu não estava pronta para contar tudo o que vivi. Na FLIM vou lançar a continuação, o ‘Vidas em chamas II’. Escrever também é esse exercício de se reescrever”, finalizou Zezé.

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