Morre, aos 95 anos, o radialista Ewaldo Ramos Viera

às

O radialista Ewaldo Ramos Vieira, morreu ontem, aos 95 anos, em Rio Bonito. Fundador da Rádio Difusora Rio Bonito, AM 1490 KHZ, que durante décadas marcou a cobertura jornalística da cidade, Ewaldo da Rádio, como era mais conhecido, estava afastado do trabalho há vários anos, devido a uma doença. Após a venda da Rádio Jornal para o Grupo Golden Cross, na segunda metade da década de 80, quando a então Rádio Jornal Rio Bonito passou a se chamar Rádio Contemporânea, o jornalista fundou, no início da década de 90, a Rádio Comunitária Sambê FM, dando continuidade ao seu importante e reconhecido trabalho.
Além das rádios onde dirigiu e atuou, Evaldo mantinha uma coluna no jornal Gazeta de Rio Bonito, chamada “A Bomba do Dia”, que também era transmitida pelas ondas do seu programa na rádio. Foi atleta amador, locutor esportivo (outra de suas paixões) e era considerado um dos jornalistas mais bem informados da cidade. Pelas suas mãos, passaram grandes profissionais que atuam até hoje no rádio, tanto na parte de transmissão como na parte técnica.
Nas rede sociais, diversos profissionais da comunicação prestaram a sua homenagem ao jornalista. “Ewaldo deu oportunidade a muitos que até hoje vivem da voz, como eu. Hoje nos despedimos desse homem que deixa um legado para a região. Que até recentemente batalhou para não deixar a história do rádio se perder. Descanse em paz Ewaldo, nós aprendemos muito com você!”, disse a radialista Dalva Mattos, proprietária da Publita, em Itaboraí, que durante muitos anos trabalhou como locutora na Rádio Jornal.
O jornalista Vinícius Martins, assessor de imprensa na prefeitura de Niterói, postou: “Fim de uma lenda…era uma figura folclórica da comunicação, presente em todos os eventos da cidade. Do futebol à política. Que descanse em paz. Cumpriu o seu papel e sai de cena no Dia da Liberdade de Imprensa. Liberdade essa, que ele ajudou a construir com esforço e tenacidade”.
O ex-secretário de Administração de Rio Bonito, Edson Marinho, postou: “Amava o rádio e teve grande influência em nossa região. Era um apaixonado pela comunicação e em tempos remotos, e longe da tecnologia que conhecemos, sempre deu um jeito de fazer-se presente…Merece todas as homenagens”.
Por telefone, o radialista e ex-chefe de Gabinete da Prefeitura de Rio Bonito, Walter Terra, disse que “pessoas assim não deveriam morrer”. Por dezesseis anos, Walter trabalhou nas coberturas esportivas da rádio, junto com Ewaldo. “Na minha opinião ele é o máximo em termos de rádio em Rio Bonito. Com todas as dificuldades que a imprensa no interior enfrenta, Evaldo foi aquela pessoa que pegou amor pelo trabalho radiofônico, sempre vencendo os obstáculos”. Terra aproveitou para revelar uma cláusula que Evaldo fez questão de fazer constar no contrato de venda da rádio para o grupo Golden Cross: “Ela obrigava que a rádio nunca saísse de Rio Bonito, poderia ser vendida, mas jamais sair do município. Ela foi para as mãos do grupo Adventista, depois, foi adquirida pela Tupi, mas continua sendo um rico patrimônio da cidade”.
O corpo do empresário e radialista está sendo velado na Funerária Santo Antônio, no Centro, de onde sairá para ser sepultado, às 14h, no Cemitério Parque Jardim das Acácias, no Basílio.

Veja também

Empresa italiana prevê que preço pode cair a partir da Páscoa para os brasileiros.
às

Deixe aqui sua opinião

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Últimas Notícias