Neste último domingo (26), a cidade de Rio Bonito perdeu uma importante figura do cenário artístico, o desenhista e músico Gatão, ou Big Cat, como alguns o chamavam. Sidney Nascimento, como era seu nome de batismo, tinha 71 anos, estava internado há cerca de duas semanas.
Nas redes sociais, vários riobonitenses se despediram de Gatão relembrando fatos sobre o artista, como o jornalista Vinícius Martins. “Cantou em bailes, bares e boates. Foi calouro do Chacrinha, pintava painéis e letreiros a mão nas fachadas das lojas com um estilo único e inconfundível. Era artista na concepção da palavra e um gentleman no trato pessoal. Nos festivais da canção da cidade, pedíamos a ele para enxertar os grupos musicais que faziam mais farra do que música e ele aceitava na boa com plena generosidade”.
Também morador da Serra do Sambê, como Gatão, o fotógrafo Marllon Lopes cresceu vendo o artista em seu bairro e até o retratou através de fotos que estão expostas na Pinacoteca Municipal de Rio Bonito. Ele falou um pouco sobre a representatividade do músico em sua rede social.
“Desde quando eu nasci, sempre tive ele como um exemplo de educação. Nunca passava por ninguém em silêncio. No mínimo, desejava um ‘Bom desempenho em suas atividades, ou, Bom regresso ao lar’. Me recordo das muitas vezes, ele com seu violão tocando as músicas de Tim Maia. Ele sempre me chamava de ‘Computador’. Me chamava de inteligente quando eu resolvia algum problema no seu rádio ou TV. Esse ano, tive o prazer de fazer uma homenagem através da minha arte. Fui na casa dele e fiz essa fotografia, para uma exposição. Todas as pessoas que viram essa foto, ficaram extremamente felizes e o admiraram. O Gatão sempre foi uma pessoa muito querida por todos os que o conhecia”, disse.
Foto: Marllon Lopes
Lívia Louzada