Municípios apuram se houve aplicação de doses vencidas da AstraZeneca no Rio de Janeiro

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Secretarias de Saúde de municípios do Rio de Janeiro, incluindo a capital, apuram se houve aplicação de vacinas da AstraZeneca contra a Covid-19 vencidas.

Um levantamento baseado no cruzamento de dados oficiais do governo federal apontou que ao menos 1.764 pessoas podem ter recebido doses vencidas na Região Metropolitana do Rio – 686 pessoas na capital e 852 em Nilópolis. Em todo o país, foram identificadas 26 mil doses do imunizante fora da validade aplicadas.

Dos 22 municípios da Região Metropolitana, 19 teriam aplicado doses da vacina fora da validade, segundo o levantamento – alguns deles, como Niterói, negam essa possibilidade e dizem que houve erro de digitação no sistema.

O levantamento indicando que milhares de doses vencidas foram distribuídas é dos pesquisadores Sabine Righetti, da Unicamp, e Estêvão Gamba, da Unifesp, e baseado no cruzamento de dados oficiais do governo federal. Os dados publicados nesta sexta-feira (2) pela Folha de São Paulo, apontam que o problema ocorreu com doses de oito lotes da vacina (veja a tabela abaixo).

O Ministério da Saúde diz que “caso alguma vacina seja administrada após o vencimento, essa dose não deverá ser considerada válida, sendo recomendado um novo ciclo vacinal, respeitando um intervalo de 28 dias entre as doses”. Além disso, ainda segundo a pasta, “o vacinado deverá ser acompanhado pela Secretaria de Saúde local”.

O lote da vacina é uma informação que deve constar no comprovante de aplicação.

Secretaria estadual apura erro de registro

A Secretaria de Estado de Saúde informou, em nota, que todos os lotes enviados aos 92 municípios do estado estavam dentro do prazo de validade.

“O lote 41202Z005, com validade para 14.04.21, foi recebido pelo estado do Rio de Janeiro no dia 23.01.21 e distribuído aos municípios nos dias 23.01, 01.02, 02.02 e 24.02.21. Já o lote CTMAV506, com validade para 31.05.21, foi recebido pelo Estado em 26.03.21 e distribuído aos municípios no mesmo dia”.

A Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS) apura com as secretarias municipais se houve algum erro de registro das doses no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).

 

 

 

Fonte: g1.globo.com

 

 

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