Notas de R$ 200 viram rotina em apreensões policiais

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Em dia 14 de setembro, a PF (Polícia Federal) em Alagoas deflagrou uma operação com objetivo de cumprir 12 mandados de busca e apreensão em uma investigação de desvio de verbas numa cidade do interior.

Durante a operação Aurantium, policiais encontraram com um dos investigados dois malotes de notas de R$ 200.

Em um ano circulando no país, as notas de R$ 200 se tornaram frequente na mão de criminosos, assim como nas operações das polícias que apreendem dinheiro vivo com suspeitos. Ao longo dos últimos meses, foram várias ações com esse resultado.

Em novembro de 2020, logo após a nota entrar em circulação, a Polícia Civil em Unaí (MG) achou e apreendeu cerca de R$ 50 mil em dinheiro vivo durante a operação Cyber Lance, que cumpriu 27 mandados de busca e apreensão. A maioria dos recursos eram em cédulas do mais alto valor em circulação no país.

No Recife, a PF também encontrou cédulas quando cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de São Paulo, em setembro. O preso estava com cerca de R$ 100 mil em dinheiro vivo, entre os quais havia notas de R$ 200.

“Em Pernambuco, as apreensões de notas de R$ 200 já vêm acontecendo desde que ela passou a entrar em circulação oficialmente”, afirma Dário Sá Leitão, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF no estado.

Uma das práticas que se tornou comum é a falsificação —e por todo o país.

Em dezembro do ano passado, por exemplo, uma mulher foi presa com dez notas falsas de R$ 200 em Paraty (RJ). Ela vendia por R$ 50 cada uma delas.

Em julho deste ano, policiais militares do Distrito Federal também prenderam dois homens com 18 cédulas e estariam passando outras falsas no Gama.

Segundo o delegado Dário Sá Leitão, até pela escassez, as notas de R$ 200 não são a maioria nas apreensões da polícia.

“A maior parte da apreensão continua sendo de notas de R$ 50 e R$ 100. Apesar de serem produzidas notas de todos os valores, a tática dos falsários continua sempre a mesma: produzir notas de valores elevados, a fim de que seus compradores adquiram mercadorias de pequeno valor no comércio, com o objetivo de receber um troco elevado.”

O delegado afirma ainda que as notas novas não trouxeram prejuízo ou dificuldade extra para as investigações da PF. “Focamos as ações principalmente na desarticulação de laboratórios de falsificação de notas, envio pelos correios e redes sociais.”

 

Crédito: noticiais uol

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