Morreu neste domingo (13) uma das pioneiras do funk carioca: MC Katia, de 47 anos. Ela estava internada desde julho no Hospital Municipal Souza Aguiar para a retirada de um mioma no útero, mas sofreu complicações como trombose e, nos últimos dias, teve pneumonia.
A informação da morte foi confirmada pela filha da funkeira, Michele Marques.
Katia deixa uma filha, dois netos e um marido, o dj e produtor Leonardo – que trabalhava com ela.
O velório de Katia está previsto para esta segunda-feira (14), às 10h, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju – Zona Norte do Rio. O enterro acontece na sequência, às 15h45.
Complicações na cirurgia
A cirurgia para a retirada do mioma de Katia rendeu complicações. Ela sofreu trombose na perna direita e, inicialmente, precisou amputar parte do pé. Na sequência, o problema exigiu nova amputação, dessa vez na altura do joelho.
Após esse momento, a funkeira Tati Quebra-Barraco liderou uma campanha nas redes sociais para que fãs fizessem doações para comprar uma prótese para Katia.
A campanha ganhou adesão de vários nomes ligados ao funk, como o da agora vereadora, Veronica Costa, e a prótese foi viabilizada.
Pneumonia e coma induzido
Mas na sexta-feira (11), a filha de Katia fez uma postagem explicando que a mãe tinha contraído uma bactéria e apresentava um quadro de pneumonia. Diante do agravamento da situação, os médicos a induziram ao coma, a intubaram e a levaram para o CTI.
MC Katia não resistiu e morreu na tarde deste domingo (13).
Funkeiros prestam homenagem
Após a divulgação da notícia da morte de Katia, Tati Quebra-Barraco postou uma foto com a funkeira e prestou homenagem à amiga. Outros funkeiros também fizeram homenagens nas redes sociais.
Carreira e pioneirismo no funk
MC Kátia começou a fazer sucesso nos anos 2000 com a música “Ata vai me pegar”, com a mesma levada e estilo irônico, que consagrou ainda Tati Quebra-Barraco.
Antes de se consagrar nos palcos, Katia trabalhava como auxiliar de serviços gerais e ganhou visibilidade com a música “Ata Vai me Pegar”.
Katia se tornou referência no funk carioca. Em em 2008, emplacou “Cabela pra baixo”, mas, na mesma época, sofreu um acidente e precisou ficar longe dos palcos.
Em 2020, fez participação no clipe da música “Rainha da Favela”, de Ludmilla, que prestava homenagem às mulheres funkeiras.
Em 2021, ensaiou voltar à carreira com uma parceria com MC Nem, com quem tinha uma rixa no início da carreira.
Em 2022, Katia contou nas suas redes sociais que havia descoberto um tumor benigno no útero, e que faria uma cirurgia para retirada do mioma e do ovário. Ela explicou também que desenvolveu outros problemas por conta disso, como falência dos rins.
“Há um ano, estou passando por problemas sérios de saúde. Hoje me encontro totalmente debilitada de tudo. Tenho um tumor benigno no meu útero. Vou operar e perder o útero e o ovário. Por causa desse mioma, meus rins estão parando de funcionar. E isso está me prejudicando, pois eu não estou conseguindo mais andar. Preciso tirar esse mioma para os meus rins voltarem a funcionar e eu poder voltar a andar”, disse na época.
Crédito: g1.globo.com