Presa no trânsito durante sequestro na Ponte, moradora de Itaboraí entra em trabalho de parto e é socorrida por guarda

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Em meio à toda tensão do sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói na última terça-feira (20), uma família deu boas vindas à uma recém-nascida que, por pouco, não veio ao mundo no trânsito de Niterói. Grávida, a moradora de Itaboraí Stephany Guimarães, de 26 anos, entrou em trabalho de parto quando estava presa no congestionam no congestionamento na Avenida do Contorno, gerado pelo fechamento das vias na Ponte Rio-Niterói devido ao sequestro do ônibus. Com o auxílio do motorista de aplicativo que a levava para o hospital, ela foi socorrida por um guarda municipal e levada para a emergência de um hospital próximo.
Stephany, que é manicure e mora em Itambi, começou a sentir contrações desde às 3h da manhã, mas só saiu de casa por volta das 7h, acompanhada da cunhada e do esposo, Ronald de Oliveira. Ela já sabia do sequestro, porém, não imaginava que o trajeto até Niterói, que normalmente leva cerca de meia-hora, fosse afetado pela situação. “Eu cheguei a ver que o sequestro acontecia, mas precisava sair de casa, era o hospital planejado. Não imaginei que o engarrafamento seria tão grande”, conta.
A família seguiu em um carro de aplicativo até Niterói, mas o veículo ficou ‘engasgado’ no meio do trânsito na Avenida do Contorno, o que deixou Stephany nervosa. Diante da situação, o motorista de aplicativo decidiu pedir socorro à um guarda municipal. Quem atendeu ao chamado foi o guarda André Luis Taranto, que tentou acionar uma ambulância, mas decidiu levar a gestante até o hospital na própria moto. “Como estou acostumada a andar de moto com meu marido, aceitei na hora. Era a melhor forma de sair dali. O guarda foi me segurando, nem isso eu conseguia por conta das contrações. Ele foi muito atencioso e cuidadoso”, relata Stephany.
Morena Beatriz nasceu saudável mesmo com o susto (Foto: Luciano Belfort/Agência O Dia)
“Foi um anjo que apareceu na minha vida e na da minha filha. Estava desesperada, com muitas dores. Achei que ia parir no carro. Logo quando cheguei ao hospital, a bolsa estourou. Tanto dia para nascer, Morena escolheu um tão complicado. Nunca conseguirei agradecer a todo esse carinho do guarda”, afirma a mamãe. Sua filha, Morena Beatriz, nasceu às 13h44, com 47 cm e 2.890 kg, com muita saúde. Ela e a mãe devem retornar para casa ainda nesta quinta-feira (22).
“Em quatro anos na Guarda, nunca passei por uma adrenalina e responsabilidade parecida. Sei que optei pela atitude certa, uma sensação de dever cumprido. Me seguro para não chorar”, compartilha o guarda municipal André Luis Taranto, que é pai de um menino de 11 anos. Ele ainda retornou ao local para buscar o pai da Morena Beatriz, que também ficou preso no trânsito. “Fico muito feliz de ter ajudado essa família. Minha ficha só caiu quando vi foto da Morena horas depois e percebi que valeu a pena”, conta.
Ele já visitou a recém-nascida duas vezes e é considerado parte da família, mas foi parabenizado pela sua própria. “Quando cheguei em casa, meu filho me esperava para me dar os parabéns. Isso não tem preço”, afirma. “No meio de tanta coisa ruim, é tão bom sabermos que existe gente do bem”, destaca a avó paterna da criança, Ana Lucia de Oliveira, de 42 anos.

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A expectativa é que o acordo entre em vigor hoje quarta-feira (27) e que ele dure dois meses.
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