Um dia após se tornar réu no caso da mala de R$ 500 mil da J&F, o ex-presidente Michel Temer foi denunciado, nesta sexta-feira (29), pela Lava Jato do Rio de Janeiro. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, através do desvio de R$ 1 milhão do contrato de prestação de serviços de mídia para o Aeroporto de Brasília, e também de peculato, ligado ao favorecimento de uma empresa na construção da usina nuclear de Angra 3, em Angra nos Reis, no Rio de Janeiro.
O juiz da 7ª Vara Criminal e responsável pela Lava Jato no Rio, Marcelo Bretas, decidirá se o ex-presidente se torna réu nos processos.
O ex-presidente foi preso na última quinta-feira (21) por determinação de Bretas, mas foi liberado quatro dias depois, na segunda-feira (25), após o desembargador Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), Ivan Athié, aceitar o pedido de habeas corpus da defesa de Temer. Ele é investigado por suspeita de favorecimento e recebimento de propina da construtora Engevix em troa de contratos na execução das obras em Angra.