O Mundial de Liverpool já vai ficar marcado na história da ginástica artística do Brasil pelo título inédito de Rebeca Andrade no individual geral, a prova mais nobre da modalidade. Campeã olímpica, a ginasta de 23 anos já traça novas metas. Ela disputa mais três finais por aparelhos neste fim de semana em busca de recordes e novas marcas históricas.
– A gente está conseguindo mostrar o que a gente pode fazer. Espero continuar fazendo história. Eu tenho a dimensão, assim como foi nas Olimpíadas. É mostrar tudo que o Brasil é capaz mesmo. A gente tem talento, a gente tem potencial. E a cada competição a gente vem mostrando isso. Foi um orgulho enorme para o meu país, para mim, para o Chico, que é meu treinador. É isso. Fazer o nome do Brasil crescer e mostrar que a gente tem capacidade para fazer o que a gente quiser mesmo.
O Baile de Favela ecoou na coroação de Rebeca Andrade. Na última quinta-feira, a ginasta de 23 anos conquistou o ouro inédito para o Brasil no individual geral do Mundial de ginástica artística. A vice-campeã olímpica da prova confirmou o favoritismo e brilhou para se tornar a primeira brasileira campeã mundial da prova mais tradicional da modalidade. Rebeca é a nova a número 1 do mundo e celebrou com a bandeira do Brasil no solo da arena de Liverpool.
Rebeca volta à arena de Liverpool no sábado, às 11h (de Brasília), para a final das barras assimétricas, seu aparelhos favorito, no qual é a atual vice-campeã mundial. No domingo, a partir das 10h30, tenta medalha na trave e no solo, com seu último Baile de Favela. Novas medalhas podem levar Rebeca a cinco marcas históricas.
- Primeira brasileira a conquistar três medalhas em uma única edição do Mundial – No ano passado, Rebeca já foi a primeira brasileira a subir duas vezes no pódio de um só Mundial. Agora pode estender a marca para até quatro, embora não seja favorita na trave.
- Ginasta do Brasil com maior número de medalhas na história do Mundial entre homens e mulheres – caso alcance três medalhas em Liverpool, Rebeca Andrade vai igualar Diego Hypolito em número de pódios em Mundiais, chegando a cinco conquistas. Ela pode até superar o bicampeão mundial do solo e se isolar como recordista do país.
- Ginasta do Brasil com maior número de medalhas somando Mundiais e Olimpíadas – caso alcance três medalhas em Liverpool, Rebeca vai chegar a sete pódios e superar Arthur Zanetti e Diego Hypolito, que têm seis medalhas entre Olimpíadas e Mundiais.
- Recorde de número de ouros de um brasileiro no Mundial – Campeã do salto em 2021 e agora campeã do individual geral, Rebeca já igualou Diego Hypolito em número de ouros conquistados na história do Mundial. O bicampeão mundial do solo era o único ginasta do país que subiu no topo do pódio mais de uma vez. Com mais um ouro, Rebeca se isola como recordista.
- 12ª ginasta da história a ter medalhas de todas as provas individuais do Mundial – Caso conquiste uma medalha na trave e uma no solo no domingo, Rebeca vai entrar para um seleto hall de ginastas que conquistaram medalhas em todas as provas individuas do Mundial, uma vez que já tem pódios no individual geral, no salto e nas barras. Já alcançaram o feito Simone Biles (EUA), Svetlana Khorkina (RUS), Larisa Latynina (URSS), Lavinia Milosovici (ROM), Aliya Mustafina (RUS), Ludmilla Tourischeva (URSS), Elena Shushunova (URSS), Ecaterina Szabo (ROM), Helena Rakoczy (POL), Natalia Kuchinskaya (URSS) e Olga Korbut (URSS).
Crédito: ge.globo.com