“Quero pedir perdão público para os pais daquelas crianças. Eu não sei o que aconteceu com o menino. Em nome da família Castro eu peço perdão. Nós também somos vítimas”. Foram as palavras de Américo Castro, de 69 anos, tio de um dos atiradores do atentado à escola de Suzano, em São Paulo, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. Ele se apresentou como representante da família já que os pais de Luiz Henrique estavam abalados demais para falar. Américo se pronunciou após o enterro do sobrinho, na tarde desta quinta-feira (14).
Luiz Henrique foi sepultado no Cemitério Municipal São Sebastião, em Suzano. A cerimônia na capela do local foi curta, contando com a presença de poucas pessoas; cerca de 20. A mãe do atirador não esteve em condições de participar da cerimônia fúnebre.
“Não fizemos um velório em respeito às famílias das outras vítimas. A gente respeita a dor dos pais e mães daquelas famílias e é por isso que estou dando esse depoimento. Meu irmão e minha cunhada estão sem condições de falar”, disse Américo. Ele contou, ainda, que a família não notou comportamentos suspeitos no rapaz. “Era um menino normal, comum. Nós da família estamos muito chocados. Esse não era o Luiz que a gente conhecia”, desabafou.
