Foi remarcado novamente o julgamento dos policiais, acusados pela morte da engenheira Patrícia Amieiro, em 2008. O juízo seria nesta terça-feira (11), após o surgimento de uma testemunha em 2020, que diz ter presenciado o que aconteceu na noite do dia 14 de junho. Por causa desse novo depoimento, foi anulado o júri de 2019, que condenou dois policiais por fraude processual.
Na última sexta-feira (07), a Justiça negou o pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ) para que a testemunha, considerada chave no caso, pudesse ser ouvida perante os jurados. “O I Tribunal do Júri considerou que, diante da interposição de Reclamação pelo Ministério Público para a impugnação da decisão que indeferiu o depoimento da testemunha (que diz ter visto o crime) não seria viável a realização da sessão plenária na data designada”.
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Contudo, nesta segunda-feira (10), a 2ª Promotoria de Justiça, junto ao Tribunal do Júri da Capital, recorreu da decisão que havia negado a reconsideração do Ministério Público, para assim, garantir que a testemunha-chave do caso seja ouvida no Júri Popular.
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A testemunha é um taxista que afirma ter presenciado o momento em que os policiais militares retiraram a jovem, ainda viva, de dentro do carro, que foi atingido por balas. Segundo a família, o depoimento dele possui riqueza de detalhes e poderia mudar o entendimento do que aconteceu naquela noite.
De acordo com a denúncia, Patrícia Amieiro voltava de uma festa na Barra da Tijuca, em 2008, quando seu carro foi baleado por policiais. O corpo da engenheira nunca foi encontrado. Quatro policiais militares são investigados, dois por tentativa de homicídio e os outros dois por ocultação de cadáver, pela morte da jovem.
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