Marinha confirma que óleo encontrado em Cabo Frio não é o mesmo do Nordeste

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A Marinha do Brasil, em conjunto com a Agência Nacional do Petróleo e o Ibama, que compõem o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) responsável por monitorar as praias do Estado do Rio, confirmou que os fragmentos de óleo encontrados nas praias das Conchas e do Peró, em Cabo Frio, não são os mesmos que atingiram o Nordeste, além do Espírito Santo e de duas praias no Norte Fluminense. O material foi encontrado na Região dos Lagos na última quinta-feira (28) e levado para análise em Arraial do Cabo, no Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira, o IEAPM.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente da cidade também confirmou que o óleo não é o mesmo encontrado no Nordeste, e que ele pode se tratar de resíduos de um vazamento de óleo ocorrido há oito meses, em abril, na Região dos Lagos, chegando até a faixa de areia após se desprender das pedras no mar devido a ressaca.

O óleo que atingiu o Nordeste chegou a duas praias do Estado do Rio: a praia de Grussaí, em São João da Barra, onde foram encontrados 300 gramas do material, e a praia de Santa Clara, na cidade de São Francisco de Itabapoana, onde foram encontrados 20 gramas. O GAA garante que as praias já foram limpas e estão sendo monitoradas pelo órgão.

Entenda o caso

Desde o dia 30 de agosto deste ano, mais de 70% dos municípios do litoral do Nordeste brasileiro têm sofrido com a contaminação de grandes quantidades de manchas de óleo. A primeira foi registrada na Paraíba e, até agora, já atingiu mais de 700 localidades. O óleo esteve concentrado nos estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, e dois meses depois, chegou até a Bahia.

Não levou muito tempo para que o óleo se alastrasse na costa brasileira, chegando até o litoral do Espírito Santo no início do novembro. Durante o trabalho de descontaminação, estatísticas mostram que 3 de cada dez locais atingidos que já haviam passado pela limpeza voltaram a registrar o aparecimento de manchas de óleo. Recentemente, o número de locais atingidos por fragmentos do óleo cresceu.

Ainda não se sabe a origem do óleo, apenas há a certeza do tipo do material, que se trata de petróleo cru. 30 embarcações são suspeitas de vazamento, inclusive o navio grego Boubolina, principal suspeito da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, porém, a empresa Delta Tankers, responsável pela embarcação, garante possuir provas de que o navio não tem ligação com o vazamento.

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