Perito judicial acusado de beneficiar empresas de ônibus é preso no Rio pela Lava Jato

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A força-tarefa da Lava Jato do RJ prendeu nesta quinta-feira (5) o perito judicial Charles Fonseca William. Ele foi pego em Icaraí, em Niterói, Região Metropolitana, na Operação Expertus. O Ministério Público Federal (MPF) afirma que Charles, em troca de propina, fraudou laudos para favorecer empresas de ônibus e superfaturou valores para relatórios no Judiciário fluminense. A suspeita é que Charles tenha recebido quase R$ 5 milhões do caixa paralelo das viações.

A Operação Expertus é baseada nas colaborações premiadas de Lélis Teixeira, ex-executivo da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor); de Marcelo Traça, ex-presidente o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Setrerj); e de Álvaro Novis, doleiro e operador do esquema de propina comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Foram identificados pagamentos de R$ 4,9 milhões entre 2012 e 2015 nas planilhas de Novis. As entregas eram registradas com o codinome “Charles” no endereço do escritório do perito em Niterói. O MPF identificou também inúmeras ligações telefônicas entre Charles William e o empresário de ônibus José Carlos Lavouras, que vive em Portugal, foragido da justiça desde a Operação Ponto Final.

Vinte anos de irregularidades

Segundo as investigações, um dos casos em que Charles William atuou favoravelmente às empresas de ônibus em troca de pagamentos ilícitos diz respeito aos processos que tramitavam na Justiça Estadual, por conta do rebaixamento das tarifas das empresas intermunicipais ocorrido no final dos anos 90.

Por meio de dois decretos estaduais em 1999, houve redução em 15% das tarifas praticadas pelas empresas permissionárias de transporte urbano e intermunicipal. O Tribunal de Justiça do RJ, no entanto, declarou a nulidade dos decretos, o que levou ao ajuizamento de mais de 100 ações das empresas de ônibus para reaver seus prejuízos. Nessas ações, foram realizadas perícias contábeis para definir o montante que cada empresa teve de prejuízo com essa redução declarada ilegal.

Segundo os procuradores que assinam o pedido de prisão, são várias as “práticas insistentes e sistemáticas de corrupção e lavagem de dinheiro a partir de um agente que deveria estar a serviço do Estado e da Justiça, mas que na verdade pautava sua atuação em favor das empresas de ônibus em troca de vertiginosas quantias, utilizadas para custear uma vida de luxo e ostentação”.

Fonte: G1

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