Com o destino incerto, moradores do Edifício Amaral Peixoto 327, no Centro — interditado há um mês por precariedade e insalubridade—, ainda não têm data definida para desocupar os 394 apartamentos . Eles estão sem água desde 1º de março por falta de pagamento e com a l uz cortada desde o dia 18 do mesmo mês devido a riscos de incêndio nas instalações .

De acordo com Luciano Mattos, promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que está à frente da ação que pediu a interdição do prédio , a Justiça ainda não definiu um novo prazo para a desocupação dos 11 andares do imóvel, que fica em cima da Caixa Econômica da Avenida Amaral Peixoto. Na sentença que determinou a interdição, em 10 de abril, o prazo dado era de até dez dias após a notificação. No entanto, o condomínio entrou com um pedido de prorrogação desse prazo para 30 dias.

— Estamos aguardando a decisão judicial. Eu me manifestei no sentido de que os dez dias devem ser contados a partir dessa nova decisão. Houve um pedido de prorrogação para 30 dias, mas me manifestei contra, por ora. Se realmente for necessário, posso mudar de posição, mas temos que aguardar a decisão. A cada dia que passa é um risco a mais. O prédio está em condições de risco iminente. Todos devem sair o quanto antes, e os necessitados devem procurar a assistência social do município — diz o promotor.

A prefeitura informa que iniciou o cadastramento provisório das famílias residentes no imóvel da Amaral Peixoto 327 e que o município analisa caso a caso, em parceria com o Ministério Público e a Justiça, e aguarda a decisão judicial para saber qual encaminhamento será dado.

Fonte: Jornal O Globo

Foto: Fábio Guimarães / Fábio Guimarães