O homicídio do jornalista e pré-candidato à Prefeitura de Maricá em 2020, Robson Giorno, na noite do último sábado (25), teria sido premeditado. É o que afirmam os policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), que investigam o caso. Os agentes acreditam que o crime tenha sido motivado pelo trabalho de Giorno como jornalista.
“Foi uma execução. Eles estavam esperando que a pessoa viesse e fosse executada. Foi uma emboscada e, no domingo, minha equipe toda ficou em Maricá buscando informações. E nós conseguimos várias: imagens e testemunhas. Posso assegurar que foi uma execução e que os autores estavam esperando”, afirmou a delegada à frente do caso, Bárbara Lomba.
Robson foi atingido por seis tiros na porta de casa, no bairro Boqueirão, em Maricá. Ele estava acompanhado da esposa, que não foi atingida pelos disparos.
Familiares de Giorno já prestaram depoimento à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). O partido ao qual o jornalista era filiado se pronunciou sobre o caso, lamentando o ocorrido. A Associação Nacional de Jornais e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo(Abraji) também manifestaram pesar com a morte de Giorno. A Abraji reiterou, ainda, que mobilizou o Programa Tim Lopes, que combate impunidade em crimes envolvendo jornalistas, para auxiliar no caso.
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Em nota, a Prefeitura de Maricá também lamentou o ocorrido e expressou o desejo de que “as investigações conduzam rapidamente à identificação e punição dos responsáveis”, reafirmando também o compromisso com a liberdade de imprensa e desejando condolências à família.
“A ANJ está estarrecida pelo assassinato do proprietário de ‘O Maricá’. O Brasil, infelizmente, segue como um dos países com maior número de mortes de jornalistas e radialistas. Uma das razões para esse triste título é a frequente impunidade dos criminosos que atentam contra a liberdade e o direito da população de ter acesso à informação”, declarou a Associação Nacional de Jornais através de nota.