Pai de filho com necessidades especiais, pedreiro de Rio Bonito foi enganado por ‘fake news’ de vaga de emprego em Niterói

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A notícia de um boato falso de vagas de emprego oferecidas na inauguração de um posto do Sine em Niterói na manhã desta sexta-feira (16) prejudicou a vida de moradores de outras cidades como São Gonçalo e até mesmo Rio Bonito. O pedreiro riobonitense José Romildo Nascimento, de 55 anos, precisou de dinheiro emprestado para pagar a passagem de ônibus até Niterói e se decepcionar ao chegar no local.

“Quando recebi o áudio pelo WhatsApp, fiquei muito feliz, acreditei que agora eu conseguiria voltar a trabalhar. Separei tudo direitinho. Guardei os documentos e escolhi a roupa para que eu não me atrasasse hoje de manhã”, conta o riobonitense, que teve que decidir, com a esposa, quem iria atrás da oportunidade, já que os R$ 17 emprestados por um conhecido para a passagem só dariam para uma pessoa. Ele foi o escolhido, que ainda teve que andar à pé por 30 minutos até a rodoviária de Rio Bonito, no Centro da cidade.

“É triste, mas eu não desanimo. Tenho fé de que ainda vou conseguir um emprego”, declarou Romildo. O caso aconteceu hoje. Um áudio no WhatsApp e postagens nas redes sociais anunciavam a distribuição de 1.500 vagas de emprego em uma suposta inauguração de um posto do Sistema Nacional de Empregos (Sine) no Centro de Niterói, na Avenida Feliciano Sodré. A notícia era falsa.

Romildo está desempregado há um ano e dois meses, enquanto sua esposa, Conceição Abreu, de 50 anos, está sem trabalhar há dois. Ela é técnica de laboratório. O casal possui dois filhos, uma menina, de 15 anos, e um rapaz de 30, que possui necessidades especiais. O desemprego tem tornado difícil a tarefa do sustento da família e os gastos c om remédios para o filho mais velho. “Durante todo o período que trabalhei, sempre guardei um pouco do dinheiro. Com o desemprego, passamos a usar essa reserva pra manter o sustento da casa. Agora, essa poupança está acabando, e não sei como fazer para ter renda. Os bicos que consigo fazer são muito raros, e não pagam muito”, relata.

Auxiliar de serviços gerais saiu com neto de dois meses

Ana Paula Dias, de 39 anos, foi até o Centro de Niterói em busca de uma oportunidade de emprego. Mas não foi sozinha. Como toma conta do neto, ela precisou levar o bebê de apenas dois meses com ela. A moradora de São Gonçalo é auxiliar de serviços gerais e está desempregada há um ano e seis meses. Precisou pegar dinheiro emprestado com o marido para custear a passagem e saiu de casa por volta das 5h da manhã.

“Minha filha me repassou o áudio falando das vagas de emprego. Peguei dinheiro com meu marido para pagar a passagem e fui até o endereço que informavam. Quando cheguei lá, era tudo mentira”, lamenta, afirmando ainda que a situação está difícil. “Todo dia saio de casa entregando currículos. Mas, até agora, ninguém me chamou para nada”, conta Ana Paula.

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