O 22º caso de sarampo pode ser confirmado na próxima semana no Estado do Rio. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) aguarda os resultados da análise que vai averiguar se um paciente que morreu em Petrópolis, na Região Serrana, tenha sido acometido pela doença. O exame foi realizado pelo Laboratório Central Noel Nutels, o Lacen. Até agora, 21 casos de sarampo já foram registrados no Estado em quatro cidades: 12 em Paraty, cinco em Duque de Caxias, duas em Nilópolis e duas no Rio de Janeiro.
Porém, de acordo com a SES, os casos identificados no Rio e em Nilópolis começaram após contágio ocorrido fora do estado. No Brasil inteiro, entre 9 de junho e 31 de agosto, foram registados 2.753 casos de sarampo, 98% deles no estado de São Paulo. Quatro pessoas morreram, três em São Paulo e uma em Pernambuco. Dos quatro óbitos, três foram de bebês com menos de um ano de vida.
O sarampo é uma doença infecciosa grave que é causada por um vírus. Ela é transmitida pelas vias aéreas. Entre seus sintomas, está febre, acompanhada de tosse, coriza, irritação nos olhos e um intenso mal estar. Após um período de três a cinco dias é normal a ocorrência de manchas avermelhadas no rosto e também atrás das orelhas. Em crianças, o sarampo pode desencadear doenças como pneumonia, encefalite aguda e otite média aguda, que pode provocar perda permanente da audição. A doença também pode causar sequelas em adultos e até morte.
A única forma de prevenir de forma efetiva a doença é através da vacina, oferecida pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, e disponíveis em unidades básicas de saúde. O público prioritário para a vacinação é formado por crianças de seis meses a 11 meses meses e 29 dias, por estarem em uma fase em que a doença pode ser mais letal.
Para crianças mais velhas e jovens até os 29 anos, a recomendação é de duas doses da vacina. Já dos 30 aos 49 anos, é indicada uma dose. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio, 95% da cobertura vacinal no público-alvo foi alcançada pelo estado no ano passado.