Com quatro dias de atendimentos em Maricá, dois deles em Itaipuaçu e mais dois em Ponta Negra, o projeto itinerante “Saúde de Ponta a Ponta”, oferecido gratuitamente pela Secretaria de Saúde reduziu sensivelmente a demanda de diversos exames no município, como mamografia e densitometria óssea. O serviço começou a ser prestado na última quinta-feira (19), na praça dos Gaviões, em Itaipuaçu e seguiu na segunda e terça-feira para a praça do bairro Ponta Negra.
Com o total de 644 exames, foram realizadas 240 ultrassonografias, 200 mamografias, 100 eletrocardigramas, 64 exames de densitometria óssea e 40 raios-x. Com esses atendimentos prestados, de acordo com a Central de Regulação, não há mais demanda reprimida para exames de mamografia e densitometria óssea. Para raios-x, diminui em 30% a demanda; para eletrocardiograma, diminuiu 50%; ultrassonografia de articulações de 30 a 40% e outras ultrassonografias, diminuiu em 60% a demanda. A previsão é que com o projeto, num prazo de dois meses, não haja mais demanda reprimida para nenhum desses exames.
A coordenadora da Central de Regulação Municipal de Maricá, Tereza Cristina Abrahão Fernandes, falou sobre a importância do projeto. “Lidamos no dia-a-dia com os usuários e sabemos das necessidades deles e da importância de ter esse atendimento mais perto. O caminhão é um sonho para acabar com nossas demandas reprimidas. Por exemplo, para mamografia e densitometria não tem mais fila, já podem ser marcadas e realizadas no mesmo mês e o melhor os pacientes não precisam mais ir ao Rio para fazer a mamografia e nem a Itaboraí para fazer a densitometria”, destacou a coordenadora.
E foi o que ocorreu com Rosa Maria de Araújo de Barros, de 65 anos, moradora do Jardim Atlântico, que foi até a praça do bairro para fazer mamografia. “Fiz o pedido do exame há menos de 15 dias e hoje já fui atendida. Tenho que acompanhar um nódulo que tenho em um dos meus seios, então faço o exame de dois em dois anos. Estou muito feliz com esse atendimento pertinho de casa. Se não fizesse aqui teria que pagar ou tentar fazer na Rio Imagem, que seria muito complicado por causa do deslocamento”, destacou.
Quem também elogiou o serviço de Saúde Móvel foi a pensionista Marlene da Silva Garios, de 77 anos. Encaminhada pelo Centro de Diagnóstico, ela fez ultrassonografia abdominal. “Há 10 anos tive um câncer de estômago e fico de olho na minha saúde. Não dou mole. Adorei o atendimento aqui. Muito rápido, inclusive já estou com o resultado do meu exame”, destacou a pensionista.
A aposentada Suely Aureliano Silva, de 67 anos, moradora de São José de Imbassaí, estava bastante ansiosa para fazer a mamografia. “Descuidei um pouco da saúde e fiquei um três anos sem fazer exames, mas tenho que me cuidar e ter um serviço assim me incentiva mais ainda. Aqui foi bem rápido e prático”, destacou.
Para ter acesso ao serviço gratuito, o paciente precisa ser encaminhado a partir do posto de Saúde do bairro onde mora ou estar com o pedido médico pré-regulado por meio da Central de Regulação e ser chamado para comparecer ao caminhão do Saúde Móvel. O projeto atenderá no bairro Inoã, nos dias 9 e 10 de outubro; em São José do Imbassaí, nos dias 11 e 12/10 e no Centro, no dia 13/10.