No dia 2 de dezembro, é comemorado o Dia do Samba, elemento de referência da cultura nacional que inclui formas próprias de apropriação do mundo e construção de identidades. Em Niterói, a comemoração acontece ao longo dos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, na Concha Acústica, com rodas de samba, escolas de samba do município, shows e gastronomia; e, no dia 2 de dezembro, a grande cantora Mart’nália canta Vinícius, na Sala Nelson Pereira dos Santos.
As 16 barracas da feira da Yabás, diretamente de Oswaldo Cruz para Niterói, irão oferecer as comidas tipicamente brasileiras, com um toque africano, cada uma delas com sua especialidade. Rabada, mocotó, abóbora com camarão e a onipresente feijoada são algumas das opções.
A programação artística começa nos dois dias (30 de novembro e 1 de dezembro), ao meio-dia, com rodas de samba e convidados, para embalar a hora do almoço. Entre as rodas estão o tradicional Candongueiro, Filhos de Sinhá e o Samba do Vale, comandada por Wagner do Vale. Mônica Mac, Daniel Sisínio, Blecaute Junior, Lena Alves, Pedro Ivo, Nega Black e muitos outros são os convidados.
A partir das 15h, as escolas de Samba de Niterói sobem ao palco principal para apresentarem seus sambas enredos de 2020 e, em seguida, Marquinhos Diniz, no dia 30, chega com tudo, levando participações da Velha Guarda da Portela, Juliana Diniz, Paula Diniz, Mauro Diniz, Grupo Nova Raiz e Fernando Brandão. Nesta data, tem ainda o Samba do Trabalhador, comandado pelo cantor e compositor Moacyr Luz, que encerra a noite, com participação de Roberta Sá, Sombrinha e Bebeto.
No dia seguinte, Marquinhos de Oswaldo Cruz, não fica pra trás e convida Zé Luiz do Império, Nelson Rufino e Oswaldinho da Cuíca. Lecy Brandão, finaliza com chave de ouro, com Arlindinho e Zé Katimba.
No próprio Dia do Samba, 2 de dezembro, às 20h, na Sala Nelson Pereira dos Santos, Mart’nália anima a galera cantando o repertório do CD ‘Mart´nália canta Vinicius’, produzido por Celso Fonseca e Arthur Maia, vencedor do Grammy Latino de 2019, como Melhor Álbum de Samba/Pagode. A escolha não poderia ser mais apropriada, já que ela samba desde que nasceu. Ainda pequena, acompanhava o pai, Martinho da Vila, nas rodas de samba de Vila Isabel e foi assim que se apaixonou pela música.
Foi lá que se aproximou ao mundo do samba, aprendeu a sambar, cantar, tocar violão e pandeiro. Entre as décadas de 80 e 90, chegou a gravar dois discos ‘de brincadeira’, como ela mesma gosta de dizer. Em 2002, lançou seu terceiro álbum, ‘Pé do meu Samba’, que ela considera seu primeiro ‘de verdade’, produzido por Celso Fonseca e dirigido por Caetano Veloso. O trabalho foi unanimemente elogiado pela crítica e rendeu uma longa e produtiva temporada de shows, registrada em CD e DVD.
O evento é uma realização da Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal das Culturas e da Fundação de Arte de Niterói.
Fonte: O São Gonçalo