O vereador e candidato Zico Bacana (Podemos) confirmou, em entrevista à equipe do Bom Dia Rio, que foi vítima de uma tentativa de homicídio na noite de segunda-feira (2). Ele foi baleado de raspão na cabeça em um bar em Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio, depois de um dia de campanha.
Apesar do ataque, Zico disse que não vinha sofrendo ameaças.
“O que aconteceu foi realmente tentativa de homicídio. Eu não posso dizer pra você da onde veio, da forma que aconteceu. Foi muito rápido. Vários disparos que foram efetuados”, disse.
“Eu só queria deixar bem claro, o parlamentar não pode ficar passar por isso, o parlamentar é para o povo, é para ajudar a população. Em momento algum, ele pensa que isso vai acontecer com ele porque ele quer o bem da população e faz o seu melhor. E infelizmente isso tá acontecendo com vários outros políticos durante esses meses aí”.
O carro do vereador foi atingido por pelo menos 15 tiros. No chão foram encontradas várias cápsulas de fuzil.
Segundo testemunhas, por volta das 20h, os criminosos chegaram em dois carros e atiraram contra o vereador. Além dele, outras quatro pessoas foram baleadas — duas morreram.
Um dos mortos é um dos criminosos que participaram da ação. O outro morto era o cliente de um bar, vítima de bala perdida, identificado como Valmir Clerir Sampaio Bandeira.
Dois homens que estavam com o vereador também foram atingidos e socorridos. Eles foram identificados como Douglas Alberto Leite de Santana e Magno de Moura Matos.
Os feridos foram levados para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas já receberam alta.
Inicialmente, a equipe do vereador chegou a afirmar que ele corria risco de vida. Por volta das 21h10, disse que o tiro atingiu Zico de raspão na cabeça e que ele estava estável.
Antes do crime, à tarde, ele participou de uma partida de futebol, também em Ricardo de Albuquerque, e postou foto nas redes sociais.
Zico é presidente da Comissão de Defesa Civil da Câmara de Vereadores e integrante da Comissão Permanente de Segurança Pública da casa. Ele está em seu primeiro mandato.
O político, que é ex-policial militar, foi citado na CPI das Milícias, em 2008, por possível participação em um grupo paramilitar que atuava em favelas de Guadalupe.
Ele passou a madrugada na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, prestando depoimento.