Os dois homens que saltaram de paraquedas da Ponte Rio-Niterói e postaram a ação nas redes sociais puseram motoristas e embarcações em risco, segundo a concessionária que administra a estrada.
O superintendente da Ecoponte, Júlio Amorim, afirmou que toda a ação ficou registrada no sistema de câmeras da via e que nenhuma autoridade autorizou o base-jump.
“Foi possível identificar que vários veículos tiveram que desviar pela baixa velocidade imposta pelo carro envolvido na ocorrência”, disse Júlio.
“Há de se destacar também que o local do salto, o Vão Central, é um canal navegável. Então, além do risco de acidente na rodovia, existe o risco também de incidente envolvendo grandes embarcações”, detalhou o superintendente.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que já identificou os saltadores, que responderão “conforme a legislação Penal, Civil e de trânsito”.
A PRF vai analisar:
- Art. 67 – falta do uso de cinto
- Art. 235 – conduzir pessoas na parte externa do veículo
- Art. 174 – promover exibição não autorizada em via
- Art. 192 – não guarda da distância lateral da pista.
As imagens foram postadas em redes sociais pelos próprios paraquedistas. Um deles se identifica como Gabriel e outro, como João Correia.
Relembre o salto
As imagens mostram os paraquedistas em um carro na Ponte, no sentido Niterói. Os dois sobem no teto do carro em movimento e saltam.
Após abrir o paraquedas, um deles aterriza em uma das bases da Ponte; o outro cai na água. Outro homem, de moto aquática, resgata a dupla, que comemora.
O base-jump é uma modalidade em que são realizados saltos de penhascos, antenas, prédios e outras estruturas, com pouco tempo de queda livre. Para isso, é usado um paraquedas apropriado para aberturas a baixas altitudes.