A agora ex-deputada federal Flordelis chegou no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na manhã de hoje, quinta-feira (12), um dia após ter seu mandato cassado em plenário, na Câmara. Logo depois da sessão, o advogado da família de Anderson do Carmo entrou com um pedido de prisão preventiva contra a pastora. Até a perda definitiva do cargo, ela não poderia ser presa por conta da imunidade parlamentar.
Flordelis chegou pouco antes de 11h e teria deixado o local sem falar com a imprensa. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que até o momento não há qualquer registro sobre o pedido de prisão da ex-deputada. Questionado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) ainda não se manifestou.
A ex-parlamentar responde por ser a mentora intelectual do assassinato do marido Anderson do Carmo, em junho de 2019. No momento, ela é monitorada por uma tornozeleira eletrônica. O advogado da família de Anderson alega que o dispositivo “não foi o suficiente para contê-la dos abusos ao uso do cargo, o qual ocupava no sentido de não só turbar a instrução criminal, como também faltar com respeito à ordem judicial”, declara a acusação em requerimento para prisão preventiva de Flordelis.
Defesa reforça pedido de Habeas Corpus
Na terça-feira, a defesa de Flordelis entrou com um pedido e Habeas Corpus em favor da então deputada. Após a cassação, uma manifestação defensiva foi remetida ao TJ contra o pedido de prisão preventiva enviado pela acusação. Segundo o advogado Rodrigo Faucz, já era esperado um movimento dessa natureza, mas ele argumenta que o pedido não tem embasamento.
“Não estão presentes nenhum dos requisitos para o pedido da prisão da Flordelis, eis que inclusive ela continua à disposição da justiça sempre que for necessário. Ela participou de todas as audiências, ela foi em todos os atos do processo. Ou seja, seja ela tem o direito aguardar o julgamento em liberdade”, declarou Faucz. O HC de terça ainda não foi julgado.
Crédito: Jornal O Dia