Maira de Jaime (Pros) é eleita a quinta prefeita de Silva Jardim nos últimos quatro anos

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Depois de ter a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral da cidade, mas conseguir a liberação em seguida, Maira de Jaime (Pros) foi eleita prefeita de Silva Jardim, no último domingo (12), com 5.273 votos. Em segundo lugar ficou Fabrício de Napinho (PSD), com 4.390 votos, e em terceiro, Juninho Peruca (Podemos), que recebeu 4.216 votos. Depois de muita troca no cargo – Silva Jardim teve quatro prefeitos em quatro anos – Maira de Jaime e seu vice Marcos João, tomam posse em outubro, e tem até o dia 31 de dezembro de 2024 para governar. A eleição suplementar em Silva Jardim contou com a participação de 14.482 eleitores, sendo 4.791 abstenções. O pleito teve 177 votos brancos, e 426 nulos.

Mas do que escolher um candidato, o clima em Silva Jardim na segunda-feira (13), após a eleição era de que a democracia havia falado mais alto, pois finalmente, um candidato eleito pelo povo para aquela função, iria assumir o Executivo. Carros de som ainda circulavam pela pacata Silva Jardim, e pessoas bradavam a vitória de Maira de Jaime.

A vitória dela já era esperada, já que nas eleições do ano passado, seu marido, o ex-vereador Jaime Figueiredo, foi eleito com uma votação histórica, mas não pode assumir por irregularidades, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com o CNPJ do partido.

 

O que o povo pensa

Assim como em toda eleição, há quem fique satisfeito, e há quem não fique tão feliz assim. Para o morador de Silva Jardim, o aposentado Jorge Santos, mais conhecido como Jorge Carabina, o resultado poderia ser outro. “Meu planejamento era que entrasse uma pessoa diferente pra mostrar qualidade de trabalho para o povo. Nos encontramos em Silva Jardim abandonados por todos que entraram. Para nós (povo) aqui, o melhor que teve foi Zelão (Marcello Zelão foi prefeito da cidade entre os anos de 2009 a 2012), que não entrou (se candidatou) mais, o resto só veio abandonando”, disse o aposentado.

Já a comerciante Luciana Silveira, diz que torce pela cidade, e espera que o município cresça. “A democracia que já era pra ter sido respeitada lá trás e não foi, vai ser agora, se não tiver mais nenhum impasse. Mas espero que sim e que melhore a situação do município em termos de educação, saúde e lazer. O município de Silva Jardim é lindo e tem muitos recursos, pode ser muito bem explorado em termos turísticos. O grande problema do município é a falta de emprego, não se tem um polo industrial, não se tem uma educação que faça com que seu filho evolua, só tem o básico, e mesmo assim muito carente, com muitas necessidades”, analisa a comerciante.

Quem também vê a necessidade da cidade crescer é a comerciante e bióloga Silvana de Melo. Ela conta que a instabilidade política que o município vem passando, gerou um retrocesso para a cidade. “Na vinha visão, você tem que governar para o povo, e aqui a gente não estava vendo isso, e eu espero que continue o trabalho anterior, no qual ficou um ano e pouco, mas mesmo com a pandemia a gente viu algum crescimento, tanto no comércio, quanto nas obras. A gente espera que isso continue a trazer coisas boas para o nosso município”.

 

Entenda a situação

A cadeira do Executivo esteve bem movimentada nos últimos tempos. A troca de prefeitos em Silva Jardim começou quando o então prefeito Anderson Alexandre, hoje deputado estadual, renunciou ao cargo em 2018. No lugar dele, assumiu a vice-prefeita, Maria Dalva do Nascimento, a Cilene, que ficou apenas dois meses no cargo até ser cassada. Sua cassação aconteceu devido a mesma investigação e no mesmo período em que o então presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Roni Luiz Pereira da Silva, foi preso. Na época, o deputado Anderson Alexandre também foi detido.

Com a prisão de Cilene e do presidente da Câmara, que seria quem deveria assumir o município, a Justiça Eleitoral determinou que o primeiro secretário da Câmara de Vereadores, Binho da Agricultura, assumisse o cargo. Ele ficou na cadeira por cerca de uma semana, até que a Câmara elegeu seu novo presidente, o então vereador Jaime Figueiredo, – que é marido da prefeita eleita, Maira de Jaime, – que assumiu interinamente o cargo de prefeito da cidade em outubro de 2019.

A Justiça eleitoral então determinou que a cidade tivesse novas eleições em março de 2020, quando Jaime se candidatou, ganhou, mas não pode assumir por problemas com a filiação partidária. Por esse motivo, a Justiça então teve que marcar novas eleições, o que aconteceu em novembro do ano passado. Mas o que parecia ser o final de uma saga, se mostrou ser mais um capítulo. Nas eleições de novembro de 2020, Jaime novamente se candidatou, foi eleito com uma votação nunca antes vista na cidade, mas novamente não pode assumir, mas desta vez por problemas com o CNPJ do partido.

Jaime ficou no cargo interinamente até dezembro. Em janeiro, a Prefeitura foi assumida interinamente pelo presidente da Câmara, o vereador eleito Fabrício de Napinho, que também foi candidato nas eleições do último domingo, mas ficou em segundo lugar.

 

Resultado Final

Maira de Jaime (PROS) – 5.273 votos – 37,99%;

Fabrício de Napinho (PSD) – 4.390 votos – 31,63%;

Juninho Peruca (Podemos) – 4.216 votos – 30,38%;

Brancos – 177 votos

Nulos – 426 votos

 

Lívia Louzada

 

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