A deputada britânica Stella Creasy foi advertida por comparecer à Câmara dos Comuns com o pequeno Pip, seu bebê de 3 meses, gerando debate no Reino Unido sobre os direitos dos parlamentares que se tornam pais.
Creasy publicou a uma imagem de um e-mail oficial alertando que ela não poderia comparecer ao Parlamento britânico com uma criança.
A deputada disse que já havia levado Pip e sua filha mais velha ao Parlamento sem problemas, mas foi informada que as regras mudaram em setembro e os parlamentares agora são informados de que “não devem tomar seu lugar na Câmara quando acompanhados por seu filho”.
As parlamentares não têm direto à licença-maternidade prolongada nem a ser substituídas provisoriamente no Reino Unido.
Elas podem votar por procuração desde 2019 porque a também parlamentar trabalhista Tulip Siddiq adiou uma cesárea e compareceu a uma importante votação do Brexit em uma cadeira de rodas.
Até fevereiro, as ministras do governo britânico eram obrigadas a renunciar quanto tinham filhos. Desde então, passaram a ter o direito a seis meses de licença-maternidade remunerada e podem ser substituídas.
Questionado pela rede de televisão BBC sobre o assunto, o vice-primeiro-ministro Dominic Raab disse que “devemos garantir que nossa profissão se enquadre ao século 21 e permita que os pais conciliem trabalho e tempo para a família”.
O vice-primeiro-ministro afirmou também que a presença de um bebê não impedia a parlamentar trabalhar, mas ressaltou que “a decisão final cabe às autoridades da Câmara”.
Conhecido por sua cultura machista e alcoólatra, o Parlamento britânico mudou nos últimos anos e um dos vários bares do prédio foi convertido em uma creche para os filhos de políticos e funcionários.
Crédito: g1