Uma guerra política entre o prefeito de Queimados, Glauco Kaizer, do Solidariedade, e a vice, Maíse Justo, do União Brasil, fez com que Maíse colocasse seu gabinete em uma praça da cidade.
Ela afirma que teve toda a sua equipe exonerada. O prefeito alega que ofereceu um gabinete, mas que a vice recusou.
O gabinete é composto por uma tenda de quatro metros quadrados, duas mesas de plástico e cinco cadeira, um galão de água e uma garrafa térmica com café.
Ela admite que durante a campanha já tinha atritos com o prefeito. No dia da posse, prometeu que não seria uma vice decorativa.
“Quero dizer que essa história de que vice não tem voz foi jogado por terra porque nós caminhamos nas ruas e nós dissemos que teríamos um governo participativo. agora nós vamos fazer a diferença. até porque a cidade não é do Glauco que hoje detém a tal caneta, muito menos minha, a cidade é do munícipe que nos emprestou a mesma por 4 anos”, disse ela, no discurso no início de 2021.
Segundo Maíse, as condições do gabinete que lhe foi oferecido impedem que ela permaneça no local.
“Quando eu fico num local aonde tem ninho de pombo, qualquer pessoa pode subir e onde eu não tenho nem um efetivo comigo, a minha vida está em risco”, afirmou.
Segundo a vice-prefeita, ainda falta acessibilidade no local, que de acordo com ela possui fios expostos, estruturas quebradas, goteiras e mofo.
“O que eu sempre priorizei foi acessibilidade. o espaço que eu fico, além de ser um espaço insalubre, ele é inacessível para um cadeirante, para uma pessoa que tenha uma muleta, para uma pessoa cega. ele é inacessível, porque é uma escada, são três lances de escada”, enumerou.
Prefeito responde
O prefeito Glauco Kaizer respondeu às acusações, dizendo que ofereceu quatro opções para a vice: Reforma do local, outras duas salas e o posto de secretária municipal de Direitos Humanos. Todas as opções, segundo eles, foram negadas.
Ela conta que não se sentiu segura para fazer a obra. “A reforma que me foi oferecida foi a reforma do espaço onde eu estou. Só que eu preciso de um documento. como que chega uma pessoa no espaço que eu estou e fala ‘Eu vim reformar o espaço’. Não existe isso.”
O prefeito acusa Maísa de utilizar o gabinete na praça com motivação eleitoral, e alega estar aberto ao diálogo.
“Tem um gabinete que eu queria reformar e ela não deixou. Tem duas salas aqui que tão prontas para serem usadas. O que eu quero deixar bem claro para todo mundo, estão disponíveis. O que a gente conversou antes, se quiser agora, se quiser mobiliar tudo aqui, até ajudo, se quiser de outro, vamos fazer, eu estou aberto ao diálogo”, finalizou.
Crédito: g1