Luiz Henrique Lima, de 22 anos, foi morto a facadas no domingo (7), durante a 16ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+, na orla da Praia de Icaraí, em Niterói. A motivação do crime ainda não foi esclarecida e o suspeito não foi identificado.
Apesar de ter feito um policiamento específico para o evento, a Polícia Militar não foi acionada para o crime. O Corpo de Bombeiros também não foi acionado para o caso.
A falta de segurança foi sentida pela professora de inglês Jacqueline de Oliveira Barbosa. Ela estava em um trio elétrico e viu Luiz Henrique. A mulher conta que não viu o crime, apenas quando ele já estava agonizando, em uma “poça de sangue”, e que houve demora para o atendimento.
“Ver justamente a movimentação da segurança pública desse evento. Ali para socorrê-lo, não teve polícia. Para socorrê-lo, não teve um apoio rápido, de bombeiro”, diz.
A professora relembra que uma pessoa foi até a vítima com uma maca.
A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói informou que o atendimento foi feito pelo Samu. Ele foi encaminhado ao Hospital Estadual Azevedo Lima.
Em nota, o Grupo Diversidade Niterói, fundador e organizador do evento, disse que Luiz Henrique se envolveu numa discussão e sofreu um “grave ferimento” e que “imediatamente parou o som, interrompeu a parada e mobilizou apoio à vítima”. Testemunhas disseram que a briga teria começado por causa de um empurrão.
A organização afirmou que enviou vídeos para os órgãos responsáveis e criticou a atuação policial. Alegou ter um “um contingente policial pequeno e insuficiente” para o público de 50 mil pessoas.
Em nota, a Polícia Militar enfatizou que o policiamento específico foi responsável por prender uma mulher acusada de roubo de celulares.
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos publicou uma nota em apoio à família de Luiz Henrique. A prefeitura informou que presta apoio psicológico, jurídico e socioassistencial aos familiares e que os acompanhou até a delegacia.
O caso foi registrado na 78ª DP (Fonseca), mas será encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG).
crédito: Portal g1