Rio lança polo de desenvolvimento tecnológico para gerar mais de 5 mil empregos; Impa terá primeiro curso de graduação e de graça

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A Prefeitura do Rio deu início na última quinta-feira (17) ao projeto Pomar — Porto Maravalley, na Zona Portuária. A ideia é transformar um galpão de 10 mil metros quadrados na Avenida Professor Pereira Reis, no Santo Cristo, em um polo de educação e tecnologia.

A previsão é que o local abrigue empresas, startups, empreendedores e a primeira graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). É esperada a geração de pelo menos 5 mil empregos.

O prefeito Eduardo Paes (PSD) destacou que o espaço é mais um passo no desenvolvimento da Região Portuária da cidade e deve unir formação, mão de obra e capital no mesmo lugar.

“A gente quer fazer com que o Rio seja um polo de atração do conhecimento no Cone Sul”, disse o prefeito.

A previsão é que o Impa, principal instituto de pesquisa em matemática da América Latina, ocupe metade do espaço e passe a oferecer 100 vagas anuais em um curso de graduação gratuito a partir de 2024.

Segundo Marcelo Viana, diretor-geral do Impa, o projeto prevê a formação de profissionais de origens diversas que se tornarão profissionais altamente qualificados.

“Vamos trazer para o Rio de Janeiro estudantes de todo o Brasil, com grande diversidade. Eles vão, ao mesmo tempo, no funcionamento do curso, dinamizar a atividade econômica e o desenvolvimento tecnológico da cidade”, contou Viana.

Obmep

Atualmente, além dos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado, a instituição é também responsável pela organização da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).

“Os alunos serão selecionados por vários critérios, entre eles o desempenho em olimpíadas do conhecimento, em particular a Obmep”, destacou o diretor.

Os cursos de bacharelado em matemática preveem um ciclo básico que pode se desdobrar em uma formação com ênfase em matemática, ciência da computação, física ou ciência de dados.

A graduação será gratuita e com previsão de distribuição de bolsas e oferta de alojamento para estudantes de outras cidades.

Porto Maravalley

O nome do projeto, Porto Maravalley, é uma referência ao Silicon Valley, ou Vale do Silício, região da Califórnia, nos Estados Unidos, considerada um polo tecnológico com várias startups.

O secretário municipal de desenvolvimento, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões, acredita que o projeto é um divisor de águas. Ele afirma que a cidade gera conhecimento em universidades e centros de formação, mas é preciso fazer com que isso traga negócios para a cidade.

“A gente tem coisas boas acontecendo em vários pontos do Rio, mas a gente precisa unir esses pontos”, disse o secretário.

Além do Vale do Silício, outros centros de desenvolvimento tecnológico ao redor do mundo também inspiram o projeto, como Kendall Square, do MIT, e Shenzhen, na China.

Segundo o secretário, o local é ideal para o projeto por ter acesso a transporte, serviços e internet.

“A gente já tem o cabeamento suficiente para tornar essa área em uma das redes mais rápidas do Rio de Janeiro”, afirmou Bulhões.

O investimento no projeto é de R$ 30 milhões. O imóvel pertence à Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) e foi cedido para o projeto. A previsão é de que o Porto Maravalley comece a operar em seis meses.

Impacto

Para o diretor do Impa, a graduação na Zona Portuária do Rio faz parte do ciclo natural de desenvolvimento da instituição, pois atrai candidatos qualificados e consolida o vínculo com o setor produtivo.

“Estamos presentes, cada vez mais, na transferência do uso da ciência, da matemática, dos processos produtivos, em transferência do conhecimento a problemas concretos”, destacou Viana.

O secretário Chicão Bulhões pensa mais longe e não descarta a possibilidade de que até um futuro vencedor do Prêmio Nobel faça parte do projeto, lembrando de Artur Ávila, vencedor da Medalha Fields, maior honraria da matemática, que é ex-aluno do Impa.

Fonte: g1

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