A Polícia Civil deflagrou uma operação na manhã desta quinta-feira (14) para cumprir oito mandadosde busca e apreensão contra policiais militares acusados de terem envolvimento com grupos paramilitares.
Eles são suspeitos de escoltarem milicianos da Zona Oeste do Rio de Janeiro e de Itaguaí, na Baixada Fluminense. Eles também passariam informações sobre a atuação das forças de segurança.
Os mandados foram cumpridos nos bairros de Campo Grande, Vila da Penha, Senador Vasconcelos, Padre Miguel, no Rio, e nos municípios de Paracambi, Duque de Caxias e Queimados.
A operação que acontece nesta quinta é um desdobramento de outra ação, que envolve policiais civis e policiais rodoviários federais. No dia 15 de outubro de 2020, 12 milicianos foram mortos após trocarem tiros com os policiais, que haviam interceptado os veículos onde eles estavam.
De acordo com a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), “o objetivo é comprovar o envolvimento dos agentes públicos com os integrantes do grupo criminoso”.
Na operação desta quarta foram apreendidos aparelhos de telefone celular, notebooks, diversos documentos e anotações que podem indicar a participação dos alvos no grupo criminoso. As investigações continuarão, para comprovar o envolvimento dos agentes públicos com os integrantes da quadrilha, bem como para identificar outros integrantes da milícia atuante na região.
Segundo a Polícia Civil, os milicianos que atuam na região de Santa Cruz, Campo Grande e Itaguaí praticam diversos crimes contra comerciantes e moradores da localidade. Os integrantes do grupo paramilitar são investigados por praticarem diversos crimes, tais como exploração irregular da venda de água e gás, internet e TV a cabo, além do parcelamento irregular de solo urbano para fins de construção civil, extorsões a moradores e comerciantes da região, além de vários homicídios.
A Corregedoria Interna da Polícia Militar acompanhou a operação.
Crédito: g1.globo.com