Um chef russo e ex-participante de reality show é suspeito de espionagem e foi preso, no último domingo (21), na França, depois que se gabou, durante uma bebedeira, de uma suposta conspiração para causar caos nas Olimpíadas de Paris. Vários serviços de inteligência europeus estavam no seu encalço desde maio e começaram a monitorar seus movimentos de perto.

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Kirill Gryaznov, de 40 anos, estava bêbado num restaurante de Paris após chegar de um voo oriundo da Bulgária, gabou-se ao telefone com seu agente em Moscou que “os franceses vão ter uma cerimônia de abertura como nenhuma outra” apenas dois meses antes dos jogos em Paris começarem, de acordo com documentos obtidos pelo “Le Monde”.

Testemunhas também alegaram que ele exibiu sua identificação do FSB durante a bebedeira e até disse que tinha uma missão especial para atrapalhar os Jogos Olímpicos.

Ele foi preso no seu apartamento em Paris no domingo (21/7) depois que várias agências de inteligência europeias monitoraram seus movimentos por meses, de acordo com o jornal “Le Monde”.

A polícia francesa disse que encontrou “material diplomático” ligando-o à agência de inteligência doméstica da Rússia, o Serviço Federal de Segurança (FSB, e herdeira da temida KGB), ao revistar o apartamento do chef a pedido do Ministério do Interior francês.

Os agentes encontraram evidências de um “projeto em larga escala” que sugeria que Gryaznov estava “preparando operações pró-Rússia para desestabilizar a França” durante as Olimpíadas, de acordo com a mídia francesa.

Na terça-feira (23/7), Gryaznov, que se formou como chef pelo conceituado Le Cordon Bleu, em Paris, foi acusado formalmente de “inteligência com uma potência estrangeira com a intenção de incitar hostilidades na França” e pode pegar até 30 anos de prisão. Ele vive na França há 14 anos.

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Fonte: Fernando Moreira, Jornal Extra