Prefeita de Cabo Frio tem bens bloqueados após denuncia de colapso na saúde do município

Decisão ocorreu durante o plantão judiciário desta quarta-feira (25).
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Foto: Secretaria Adjunta de Comunicação de Cabo Frio

Prefeita de Cabo Frio e secretário de Saúde tem bens bloqueados após denuncia do MPRJ de colapso na saúde do município. A Justiça determinou o bloqueio de bens da prefeita de Cabo Frio, e do secretário de Saúde, após colapso na saúde pública da cidade da Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

A decisão ocorreu durante o plantão judiciário desta quarta-feira (25) depois que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o descumprimento de uma liminar, concedida no dia 19 de dezembro, que exigia a regularização imediata dos serviços de saúde na cidade.

A ação, ajuizada pela 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Cabo Frio, revelou graves problemas na gestão da saúde pública, como suspensão de atendimentos e falta de insumos básicos.

Prefeita de Cabo Frio tem bens bloqueados após denuncia de colapso na saúde do município
Prefeita de Cabo Frio tem bens bloqueados após denuncia de colapso na saúde do município – Foto: Secretaria Adjunta de Comunicação de Cabo Frio

Como resposta, a Justiça fixou uma multa diária de R$ 100 mil aos gestores, retroativa à data da intimação, totalizando, até esta quarta-feira, R$ 550 mil, referente a cinco dias de descumprimento.

O MPRJ assegurou que a multa incida exclusivamente sobre o patrimônio pessoal dos gestores, evitando onerar os cofres públicos.

“A decisão judicial, obtida pelo MPRJ, também prevê a indisponibilidade de bens móveis e imóveis dos gestores e o bloqueio de valores em contas bancárias, assegurando recursos para o cumprimento das obrigações impostas. Além disso, a Justiça determinou a criação de uma comissão interdisciplinar para monitorar o andamento das ações e ordenou ampla publicidade da decisão, de modo a informar a população sobre seus direitos”, divulgou o MPRJ.

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Não cumprimento da liminar

Na decisão do dia 19 de dezembro, a Justiça já havia determinado que o município restabelecesse o atendimento integral em hospitais, UPAs e unidades básicas, garantindo a presença de medicamentos, insumos e equipes completas.

No entanto, inspeções realizadas pelo MPRJ, em conjunto com o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), comprovaram o descumprimento das determinações, deixando a população exposta a condições precárias de atendimento.

Na última sexta-feira, Sueli Gimenes, de 63 anos, não conseguiu atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e morreu dentro do carro em que era socorrida pela vizinha. A unidade fica no mesmo bairro onde Sueli morava, no Parque Burle.

“A inércia dos gestores diante de uma decisão judicial clara e vinculante representa uma grave violação ao direito fundamental da população”, enfatizou o promotor André Luiz Farias, responsável pela ação.

Irregularidades encontradas na vistoria

Entre as irregularidades constatadas nas vistorias, segundo o MPRJ, estão:

  • A ausência de insumos básicos, como medicamentos e materiais de limpeza
  • Condições inadequadas para os profissionais da saúde
  • No Hospital Municipal São José Operário, a equipe médica relatou que a falta de recursos impossibilitaria atender uma alta demanda em casos de emergência
  • No Hospital Otime Cardoso dos Santos, que reabriu após greve, a baixa procura foi atribuída à falta de comunicação à população sobre o retorno dos serviços

O g1 pediu um posicionamento da Prefeitura, mas até a última atualização desta reportagem não houve retorno.

Crédito g1

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