O cochilódromo é a nova sensaçãoentre os escritórios de São Paulo. Em meio ao ritmo frenético dos grandes centros empresariais paulistanos, surge o cochilódromo: cabines individuais destinadas a pequenas pausas, instaladas estrategicamente em espaços como shoppings, coworkings e edificações corporativas.
Origem e funcionamento
O conceito surgiu em 2011, quando Marcelo von Ancken, então sócio do empreendimento “Cochilo” no Shopping Morumbi, sentiu na pele os efeitos da fadiga após longos períodos de espera por reuniões — e percebeu a carência de locais próprios para breves descansos.
Desde então, foram criadas cabines de aproximadamente 2,6 m², com isolamento acústico, cama equipada com vibração (semelhante a um despertador silencioso), botões com música ambiente (música clássica ou new age) e iluminação cromoterápica
O serviço oferece pacotes de 15 a 60 minutos — o de 15 minutos sai por cerca de R$ 12 — e é monitorado por sistema que visa evitar que o usuário ultrapasse o tempo contratado.
Público e recepção
O cochilódromo tem atraído um público variado, que vai de estagiários a executivos de grandes empresas. A iniciativa busca combater o preconceito ainda presente em muitas organizações, segundo Alícia Jankavski, proprietária do serviço: “Tem muito preconceito das empresas contra funcionários que gostam de cochilar mesmo que rápido. Eles podem até produzir melhor”.
Tendência global e benefícios para a saúde
O conceito não é exclusivo de São Paulo: gigantes da tecnologia como Google, Samsung e Meta já incorporaram ambientes de descanso em seus escritórios mundo afora.
Em 2024, estudos divulgados pela BBC Brasil revelaram que pequenos cochilos de até 15 minutos podem melhorar desempenho cognitivo e recuperação mental por até três horas após o despertar — além de possíveis benefícios à saúde cerebral a longo prazo.
Contexto atual e desdobramentos
Mais recentemente, iniciativas similares têm sido implementadas em coworkings paulistanos. Em maio de 2025, foi inaugurada a “sala da soneca” pela SleepCalm, marca argentina de colchões, já instalada em espaços compartilhados como alternativa de bem-estar para profissionais.
Conclusão O cochilódromo paulistano apresenta-se como uma resposta prática ao desgaste físico e mental da vida urbana. Com base em tendências internacionais e respaldo científico, transforma o breve cochilo — ainda que pouco valorizado em ambientes tradicionais de trabalho — em ferramenta eficaz de produtividade e qualidade de vida. A expansão desses espaços reflete uma mudança cultural: o descanso deixa de ser luxo e passa a integrar a estratégia de bem-estar corporativo.

*Com informações da Folha de São Paulo
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