Mais de 200 policiais federais estão nas ruas na manhã desta terça-feira (15) para duas operações que miram o tráfico de drogas internacional no Rio. A operação ‘Turfe’ cumpre 20 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão contra um grupo que comprava drogas de países produtores, como Bolívia e Colômbia, e intermediava a distribuição para o mercado europeu. Segundo as investigações, a quadrilha lava o dinheiro do crime com a aquisição de cavalos de corrida.
As duas operações já têm, juntas, 12 presos – são 39 mandados de prisão expedidos. Os presos são levados para a Superintendência da PF, na Praça Mauá.
Uma das equipes da Polícia Federal está na na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, onde houve um intenso tiroteio logo no início da manhã. A PF é acompanhada pela Polícia Militar na ação. Ainda não há relatos de feridos.
Além do Rio, agentes da PF cumprem mandados também nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso, e tem medidas de cooperação policial no Paraguai, na Espanha e nos Emirados Árabes (Dubai). A operação ‘Turfe’ tem cooperação até da Agência Antidrogas dos Estados Unidos, a DEA (Drug Enforcement Administration) e da Europol, que atua nos países europeus.
A investigação, que acontece há um ano e meio, desvendou o modus operandi de um grupo que comprava drogas da América do Sul e exportava para a Europa. Ao longo dos 18 meses de monitoramento, oito toneladas de cocaína foram apreendidas no Brasil e na Europa; mais de R$ 11 milhões foram arrecadados dos criminosos, antes da deflagração da investigação.
Tráfico internacional de drogas aliado a facções brasileiras
Policiais federais do Rio também estão nas ruas no âmbito da operação ‘Brutium’, que busca 19 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão contra integrantes de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas que se aliou às duas maiores facções brasileiras, o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital. Segundo a Polícia Federal, os traficantes enviavam cocaína do Peru e da Bolívia para países da Europa. O grupo tinha um braço atuante na América Central.
A investigação contou com a colaboração das forças de segurança da França, Bélgica e Espanha, na Europa, além do Marrocos, na África, e da agência antidrogas norte-americana, a DEA. Mais de duas toneladas de cocaína e R$ 3,5 milhões foram apreendidos nos últimos dois anos de investigação.
Crédito: O Dia