Mesmo tendo a prisão revogada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no processo que responde pelos crimes de corrupção e fraudes em licitação, o ex-prefeito de Silva Jardim e deputado eleito, Anderson Alexandre (Solidariedade), deve permanecer preso. Isto porque o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decidiu mantê-lo na cadeia em razão de outro processo. A decisão foi tomada ontem (6) em julgamento, por cinco votos a um.
De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ), o deputado é acusado de liderar um esquema de alteração das atas das convenções do MDB, SD, PRP e PP para conseguir deferimento dos demonstrativos de regularidade de atos partidários de duas coligações formadas para as eleições municipais de 2016. O documento é essencial para a obtenção do registro de candidaturas.
Anderson Alexandre foi preso em novembro do ano passado, acusado de receber uma doação de R$ 150 mil para a campanha de reeleição em 2016, em troca de favorecimento em contratos futuros com a prefeitura. Apesar de diplomado, ele ainda não tomou posse na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) por estar preso.
Os outros três envolvidos no suposto esquema de corrupção e fraudes em licitações, Roni Pereira da Silva, que era presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Cláudio Renato Rocha da Silva, que ocupava a função de assessor-chefe do gabinete do então prefeito, e Jorge Luiz Araújo, nomeado por Anderson como membro da equipe de apoio, deverão ser soltos ainda hoje.