Apreensão de cocaína em rodovias do Rio de Janeiro aumenta durante a pandemia, diz PRF

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A apreensão de drogas nas rodovias do Rio sofreu um aumento de março a outubro deste ano, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. Isso é o que mostra dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De 13 de março até a última semana, a quantidade de cocaína apreendida teve um salto de 321% se comparada com o mesmo período do ano anterior. Esse ano foi apreendida 1,3 tonelada da droga. Já o número de maconha encontrado foi de cerca de 12 toneladas.

Apenas neste sábado (17), a PRF interceptou o transporte de 750 kg de maconha em Seropédica, na Região Metropolitana do Rio. No começo de outubro, os agentes encontraram meia tonelada de cocaína em dois veículos em Resende, no Sul do Rio.

O porta-voz da corporação, José Hélio Macedo, afirmou que essas grandes quantidades de entorpecentes tinham como destino a venda e o consumo no município do Rio.

“Mesmo com a pandemia e o isolamento social, o crime não para. A gente continuou fazendo nosso trabalho pra realmente impedir a chegada desses materiais aqui no Rio de Janeiro. São quantidades industriais que seriam vendidas e consumidas aqui no município”, disse o porta-voz.

Além de ser rota de fuga, essas vias também sofrem com a violência. Na madrugada deste domingo (18), um homem foi baleado dentro do carro na BR-101, na altura de Niterói, na Região Metropolitana.

Mudança de rotas

A PRF informou que quadrilhas adotaram novas táticas para o transporte de drogas. Uma delas é a mudança de rotas.

“A Dutra é um caminho natural do tráfico, mas a gente vem observando que as quadrilhas vêm buscando rotas alternativas. A gente tem identificado esses caminhos e conseguido fazer essas apreensões que vêm em veículos de passeio, ônibus de turismo, veículos de cargas e até mesmo transportado por famílias, pessoas com crianças dentro do carro e idosos”, afirmou José Hélio.

De acordo com o porta-voz da PRF, a apreensão dessas drogas é uma forma de barrar o lucro de traficantes e narcomicilianos.

“A gente vem conseguindo fazer essa apreensão e causar um prejuízo milionário nessas quadrilhas. É dinheiro que está deixando de entrar e evitando a capitalização desses bandidos, sejam traficantes ou narcomilicianos. Hoje em dia essas milícias também vendem drogas. A capitalização está deixando de chegar para essas quadrilhas, o que acaba impactando na violência aqui no Rio”, disse José Hélio.

Para ele, o trabalho de inteligência é fundamental para a apreensão das drogas.

“Através do nosso serviço de inteligência, com o Disque Denúncia e integração com outras policiais, a gente vem detectando outras rotas. São diversas situações que a gente vem precisando, cada vez mais, investir no trabalho de inteligência, na informação, para que a gente consiga chegar no resultado final que é a apreensão desses entorpecentes”, disse porta-voz.

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