Com temperaturas elevadas, muitos banhistas não resistem e desobedecem os protocolos sanitários para prevenir a propagação do coronavírus e permanecem em horários não permitidos nas praias de Niterói. Por volta das 13h de quinta-feira (14), muitos banhistas, de todas as idades, se aglomeravam na Praia de Charitas, na Zona Sul da cidade. Na Praia de Icaraí, apesar da redução do número de frequentadores, as areias continuam movimentadas.
Desde o ano passado as medidas restritivas para permanência nas praias de Niterói foram mantidas. Segundo protocolos sanitários definidos pela Secretaria Municipal de Saúde, o horário permitido para atividades físicas individuais ou orientadas no mar, areia e calçadão das orlas da cidade é de 6h às 12h30 e das 16h às 22h. O uso da máscara de proteção também é obrigatório. O secretário municipal de Saúde de Niterói, Rodrigo Oliveira, já havia enfatizado que era fundamental a população seguir as orientações de medidas de prevenção e respeitar os horários das atividades.
Na quinta-feira (14), passavam das 13h dezenas de banhistas ainda permaneciam na Praia de Charitas. Não foram avistados agentes realizando o trabalho de orientação sobre os horários permitidos e proibidos.
“Estamos aproveitando mais um pouquinho o sol e a brisa do mar, mas já estamos indo embora”, afirmou uma senhora, moradora do bairro, acompanhada de várias crianças, que preferiu não se identificar.
Com o movimento de banhistas maior por conta do calor, alguns vendedores ambulantes também resolveram tentar vendar vários tipos de mercadorias, como sanduíches e produtos infláveis para crianças, por exemplo.
“Sabemos que pode até render multa, mas com um bom movimento, arriscamos tentar vender alguma coisa”, afirmou uma senhora.
Apesar do movimento maior de banhistas, quiosques estiveram fechados durante o horário que não era permitido. Por isso, muita gente levou lanches e bebidas de casa.
As restrições nas praias e orlas fazem parte do Plano de Transição Gradual para o Novo Normal, em Niterói, elaborado com a participação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), quando a cidade ainda estava no estágio amarelo nível 2 – alerta máximo.
A Prefeitura de Niterói foi procurada para comentar a falta de fiscalização na orla, mas não retornou até o fechamento desta edição.
Fonte: atribunarj.com.br