E lá se vão seis edições do bloco mais badalado de Aldeia Velha, em Silva Jardim, o Bloco Mula Doida. A iniciativa que começou com Cláudio Kiochi, mais conhecido como Cláudio Japonês, que saiu de Rio Bonito e foi morar em Silva Jardim, e queria apenas promover alegria, se transformou em um dos blocos que reúne mais pessoas na região. Esse ano terá uma novidade, os tradicionais copos vendidos para curtir o bloco, serão trocados por 1kg de alimento não perecível que será doado para as famílias carentes da região.
“Nossa maior novidade para esse ano são os nossos copos que serão trocados por 1kg de alimento não perecível. Temos a previsão de arrecadar mais ou menos uns 500kg de alimentos, podendo assim ajudar muitas famílias que precisam na nossa região. Sem dúvida é a grande novidade para esse ano”, conta Cláudio.
Em 2022 o bloco foi às ruas fora de época, em abril, e por isso reuniu cerca de três mil pessoas. Este ano, a concentração será no Domingo de Carnaval, às 14h, no campo do Aldeia Futebol Clube, onde o público poderá curtir o open bar, e o desfile será às 18h, fazendo o trajeto até o Centro de Aldeia Velha.
A bateria do bloco, formada por 15 componentes, tocará para um público animado. A estimativa é que cerca de 600 pessoas curtam o carnaval 2023.
Quem quiser adquirir o abadá do bloco tem que acompanhar o Instagram @blocomuladoida e ficar atento a um novo lote, pois o primeiro da pré-venda de abadás, já se encerrou.
Como tudo começou
Cláudio conta que teve a ideia de fazer o bloco assim que se mudou para Silva Jardim, porém, no distrito de Aldeia Velha, local que frequentava desde os 10 anos, mas não esperava o sucesso que é hoje.
“O bloco começou em 2017, na época morava em Silva Jardim, e sempre fui amante do carnaval, principalmente por esse carnaval de rua, do povão. Nessa época, como tinha saído do bloco ‘Elas Querem’ (em Rio Bonito), pois estava morando em Silva Jardim, me veio na cabeça fazer um bloco em Aldeia Velha, pois é um lugar que frequento desde os meus 10 anos de idade, hoje estou com 41. Nesse ano, quando decidi montar o bloco, faltavam poucas semanas para o carnaval, era meados de janeiro, mas consegui uns abadás, pouco mais de 100, e foi assim que consegui fazer na rua a primeira edição do ‘Bloco Mula Doida’”, lembra Cláudio.
Japonês ainda completa lembrando da grande função social desse carnaval e agradecendo algumas pessoas que ajudam e ajudaram na trajetória do bloco.
“Queria fazer um agradecimento a Tereza Abrahão, que na época (que o bloco começou) era secretária de Saúde (de Silva Jardim) e me ajudou, na Prefeitura, para que eu pudesse fazer o bloco. Agradecer também a Jordan Abrahão, Alex Ferreira (conhecido como Alex Neneca) e a toda galera que ajuda a divulgar e vender os abadás. Enfim, sou um cara que saiu de Rio Bonito para morar em Silva Jardim, que do nada inventou um nome de um Bloco, foi persistente, muito por gostar do carnaval, e conseguiu transformar uma ideia do nada, que seria só uma brincadeira de rua, em uma das maiores ações sociais que já teve em Silva Jardim”, finaliza Kiochi.
Lívia Louzada