Uma espécie de bomba caseira com um líquido que cheirava a fezes foi arremessado no local do evento com pré-candidato do PT para a Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (7).
Segundo a Polícia Militar, um suspeito de arremessar o artefato foi preso. A reportagem apurou que o suspeito detido é André Stefano Dimitriu. Três testemunhas acompanharam a PM na apresentação do homem na delegacia.
A garrafa PET de 2 litros com um explosivo dentro foi arremessada por cima do tapume que cercava o perímetro. Dentro da garrafa havia um líquido marrom, que segundo militantes eram fezes. O objeto explodiu ao tocar o chão. Ninguém ficou ferido, mas houve um princípio de tumulto.
Em seguida, as pessoas gritaram “fora, Bolsonaro”. Organizadores do evento pediram calma e informaram que havia segurança no local para proteger os manifestantes.
A assessoria de imprensa do ex-presidente disse que “estouraram 2 artifícios de fogos, causando barulho, jogados de fora para dentro da área do ato. Não tinham fezes, fizeram barulho, mas ninguém se feriu nem houve tumulto”. O ex-presidente Lula não estava ainda no local do ato na hora do ocorrido.
O esquema de segurança na Cinelândia contava com um cercado de tapumes de metal com aproximadamente 2,5 m de altura. Para entrar no perímetro onde foi montado um palco na praça, os apoiadores precisam passar por uma revista de equipe de segurança com detector de metais.
Este é o segundo ataque em atos do ex-presidente Lula durante a pré-campanha. Em Minas Gerais, um drone soltou fezes e urina em participantes de um ato em Uberlândia. O dono do equipamento foi preso.
Do lado de fora, manifestantes em apoio a Lula se deslocaram da Candelária para a Cinelândia e algumas vias, como as ruas Araújo Porto Alegre e Evaristo da Veiga, foram momentaneamente interditadas. Alguns tocavam instrumentos e levavam faixas e estandartes de carnaval.
Pela manhã, Lula participou de um encontro com representantes de favelas do Rio. Junto com o candidato do PSB para o governo do estado do Rio, Marcelo Freixo, e o candidato ao senado pelo PT, André Ceciliano, ele assinou o documento Plataforma Política das Favelas e Plano de Redução da Letalidade Policial, entregue pela FAFERJ.
Entre as sugestões do documento, está a construção de um novo plano de redução de letalidade policial com “ampla participação de líderanças comunitárias do estado”.
Participou do encontro a família de Kathlen Romeu, jovem morta aos 24 anos, quando estava grávida, durante ação policial no Complexo do Lins, em julho de 2021
Lula participa de compromissos no Rio desde quarta, quando teve um encontro com sambistas e outras pessoas ligadas à cultura e ao carnaval na quadra da Unidos da Tijuca.
Crédito: g1