A perícia realizada pela Polícia Civil encontrou pelo menos 19 marcas de tiro no carro onde ‘Bunitinho’, como era conhecido Diego de Farias Pinto, foi morto ontem (5), durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Além dele, seus empresários e outro homem também foram mortos. Um PM também ficou ferido na ação.
Na perícia, foi constatado que nenhum disparo foi efetuado dentro do veículo. Também não foram encontradas armas. Os outros mortos na ação, que terminou com uma troca de tiros entre criminosos e policiais, foram identificados como Josselino de Oliveira Junior e Jorge Tadeu Sampaio, empresários de Bunitinho, e Sidney Figueiredo, fiscal do BRT, que segundo familiares, passava pelo local no momento dos disparos. Nenhuma das vítimas possuía passagem pela polícia.
O policial ferido na ação foi levado para o Hospital Central da PM e não há informações sobre seu estado de saúde. Segundo a PM, os agentes seguiram até o Dendê para confirmar uma informação sobre uma suposta reunião das lideranças do crime na localidade e alegam terem sido atacados ao chegarem na comunidade.
“Apuração rigorosa”
O governador Wilson Witzel determinou “apuração rigorosa” na resolução do ocorrido, ao comentar sobre o caso nas redes sociais. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios (DH) da capital, que apreendeu as armas utilizadas na operação para exames de balística.
Enterro
O corpo de Bunitinho está sendo velado desde às 8h da manhã de hoje (6) na Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. O enterro acontecerá às 16h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência. Josselino e Jorge Tadeu também serão velados com o comediante, porém, não há informações sobre o Sidney Figueiredo, fiscal do BRT.
“É uma dor muito grande. Eles eram batalhadores, guerreiros. É importante que tudo seja esclarecido”, afirmou o primo de Jorge Tadeu, Walter Júnior.