Caso João Pedro: MPRJ pede que PF faça novo confronto balístico

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Há cerca de uma semana, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou à Polícia Federal (PF) um novo exame de confronto balístico para tentar identificar de qual arma partiu o disparo que matou o menino João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos.

João Pedro foi morto em maio durante uma operação policial no Complexo de favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. O menino brincava em casa quando foi atingido por um disparo de fuzil 5,56, o mesmo usado por policiais civis na ação.

O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do MPRJ, que atua no caso, concordou com o pedido da Defensoria Pública estadual (DPRJ) para uma nova análise e fez o requerimento à PF – que até segunda-feira (24) ainda não havia respondido sobre o pedido.

O motivo para o pedido, inicialmente da Defensoria, é que o laudo da Secretaria de Estado de Polícia Civil, de junho, foi inconclusivo.

“A gente espera que através do Instituto Nacional de Criminalística [da PF], talvez com mais recursos, eles consigam chegar ao resultado conclusivo. Porque é uma prova importante pra esclarecer de qual arma que partiu o disparo que matou o João Pedro”, afirmou ao G1 o defensor público Daniel Lozoya, subcoordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos.

Caso haja a nova perícia pela PF, Lozoya explicou que as armas apreendidas e a bala encontrada alojada no corpo do adolescente passarão por outra bateria de testes.

“Eles [os peritos] fazem disparos com as armas, que vão ser comparadas, e aí verificam as marcas que são deixadas pra fazer essa comparação com a que foi encontrada no corpo [de João Pedro], pra ver se as marcas são iguais às do projétil que ficou no corpo.”

Mesmo sem um resultado conclusivo do confronto balístico, em junho investigadores acreditavam ser possível constatar de qual arma partiu o tiro a partir da reconstituição. A reprodução simulada chegou a ser marcada para o dia 9 de junho, mas não aconteceu.

Atualmente, a Defensoria espera que outra data seja definida para a reconstituição.

Delegado é afastado de simulação

Antes de junho terminar, a Polícia Civil do Rio determinou que o delegado Allan Duarte, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), não participe da reconstituição da morte do adolescente.

A decisão ocorreu após ser revelado que Duarte esteve na casa onde o jovem foi baleado momentos depois do crime, em 18 de maio. De acordo com a polícia, foi feito um “ajuste” para não haver “conflito” na apuração.

A partir de então, quem passou a ser responsável pela conclusão do inquérito — e condução da reprodução simulada — foi o delegado Leonardo Afonso, também da DHNSG.

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