Em entrevista à revista Veja, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) disse que desconfia que o filho adotivo Lucas dos Santos, esteja envolvido no assassinato do pai. A parlamentar disso que o filho “teve problemas” com o pastor após apanhar porque roubou de um outro irmão. Segundo ela, o filho não morava com eles desde o ano passado e não costumava aparecer sem avisar.
“Ele não morava com a gente desde o ano passado. Aí aparece nas câmeras da rua com duas mochilas por volta das 3 da manhã. Entra e sai da casa em minutos, de mãos vazias. O Lucas não tinha o hábito de aparecer sem avisar”, disse à revista. Perguntada se desconfiava da participação dele no assassinato, ela confirmou com a cabeça.
“Eles tinham problemas por causa dos erros do Lucas. Aos 14 anos, meu filho roubou uns relógios que o irmão colecionava, pôs para vender e nós descobrimos. Como a situação era grave, meu marido bateu nele como corretivo. Hoje está no tráfico”, contou.
A viúva, também investigada pela polícia no caso, disse que o marido era “muito temperamental” e que se “ouvia alguma ofensa, revidava” e lembrou de uma ameaça sofrida pelo pastor. “Que eu me lembre, a única pessoa que sei que chegou a ameaçá-lo de morte foi um ex-genro”, revelou.
Flordelis acusa Lucas, mas descarta que o filho biológico, Flávio dos Santos, 38 anos, tenha participado do crime. “Não sei. A história não bate. Ele foi um dos primeiros a chegar ao meu quarto depois dos tiros. Saiu atrás da polícia, mas não encontrou a ‘patrulhinha’. Já preso, me deixaram falar com ele rapidamente no telefone. Chorava, chorava, e só disse: ‘Quero que as pessoas te deixem em paz, mãe'”, falou.
A parlamentar disse desconhecer qualquer motivo para a participação de Flávio na morte. “Não que eu saiba. Essa história de que o Anderson cuidava do nosso patrimônio com mãos de ferro não faz nenhum sentido. Aliás, ele administrava o dinheiro com a ajuda de três filhos”, explicou.
Ela também descartou que o marido a traía e negou que o pastor molestasse as filhas, que, segundo a missionária, foi uma hipótese ventilada extraoficialmente. “Mas, mesmo se ele fosse um monstro, mereceria a prisão, e nunca a morte. Depois, conversei com minhas filhas, que negaram com muita firmeza terem sido abusadas”.