A Disney decidiu reforçar um aviso sobre a presença de racismo em filmes clássicos da companhia. A empresa adotou a prática em novembro passado, mas agora alerta é mais longo e ressalta a apresentação esteriótipos nas histórias.
De acordo com a “BBC”, quando filmes como Dumbo e Peter Pan são reproduzidos no serviço de streaming Disney+ — ainda não disponível no Brasil — surge a seguinte mensagem na tela:
“Este programa inclui representações negativas e/ou maus-tratos de pessoas ou culturas. Esses estereótipos estavam errados na época e estão errados agora”.
A mensagem acrescenta ainda que, em vez de remover o conteúdo, “queremos reconhecer seu impacto prejudicial, aprender com ele e iniciar conversas para criarmos juntos um futuro mais inclusivo”.
O texto anterior era mais curto e ressaltava apenas: “este programa é apresentado como foi originalmente criado. Ele pode conter representações culturais desatualizadas.”
Alguns dos esteriótipos alertados:
- A Dama e o Vagabundo (1955): Dois gatos siameses são retratados com estereótipos anti-asiáticos. Cachorros com sotaque forte retratam os estereótipos dos países de onde suas raças são.
- Aristogatas(1970): Um gato siamês chamado Shun Gon, dublado por um ator branco, é desenhado como uma caricatura racista de um asiático.
- Dumbo (1941): Um grupo de corvos tem vozes negras estereotipadas. O corvo principal se chama Jim Crow — uma referência a um conjunto de leis segregacionistas racistas no sul dos Estados Unidos — e é dublado por um ator branco, Cliff Edwards.
- Mogli (1968): O personagem de King Louie, um macaco com poucas habilidades linguísticas, canta no estilo jazz e é mostrado como preguiçoso. O personagem foi criticado por ser uma caricatura racista dos afro-americanos.
- Peter Pan(1953): O filme se refere aos nativos como “peles vermelhas”, um termo de origem racista. Peter e os meninos perdidos também dançam com cocares, que Disney agora diz ser uma “forma de zombaria e apropriação da cultura e imagens dos povos indígenas”. Uma música chamada originalmente “O que torna o homem vermelho vermelho” também foi considerada racista – mais tarde foi renomeada como “O que torna o homem corajoso corajoso”.