Para comemorar os 22 anos de existência, o Ecopolo Tecelagem Manual, um empreendimento social de Rio Bonito, fez a exposição “Tecendo Histórias de Vida”, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, na Pinacoteca de Rio Bonito para contar a sua história. Além de fotos de quando tudo começou, no ano 2000, o ateliê também mostrou como as tecelãs trabalham atualmente, e quem visitou a exposição pode ainda ver os produtos feitos por elas e até comprá-los.
Através de imagens feitas pelo fotógrafo Rafael Xavier no ateliê da Ecopolo, localizado na Rua Helena, no Centro de Rio Bonito, a exposição mostrou os primeiros anos do trabalho de tecelagem, os materiais e o produto final, e ainda as tecelãs que fazem parte da equipe.
O empreendimento ainda recebe escolas e grupos de pessoas que se interessam em saber mais sobre os teares manuais, uma técnica milenar, e se preocupam com o consumo consciente, já que o Ecopolo cria, produz e comercializa produtos com tecidos de reuso da indústria têxtil, e ainda fios e fibras naturais.
Em 2016, a empresa recebeu alunos da Universidade de Tulsa, em Oklahoma, nos Estados Unidos, que participaram de workshops no ateliê. O grupo era formado por nove alunos de graduação e um de pós-graduação de diferentes cursos, como Comércio Exterior, Marketing, Administração, Finanças e Contabilidade. A intenção, na época, foi apresentar aos estudantes as práticas empresariais artesanais brasileiras.
Segundo a coordenadora do Ecopolo, Clarice Moraes, nesses 22 anos de história, o Ecopolo fez diversas parcerias importantes, como a Rede Asta, um empreendimento social que tem o objetivo de estimular a economia artesanal e foi um grande propulsor do ateliê de tecelagem riobonitense.
História
O Ecopolo nasceu no ano 2000 no bairro da Mangueira, com outro nome, Projeto Panos e Mangas. Depois de cinco anos, foi batizado como Arte & Vida Brasil, e cinco anos depois, finalmente passou a ser chamado de Ecopolo, em 2010.
Tudo surgiu a partir da ideia da administradora de empresas Clarice Moraes, que montou a ONG Associação Pró-Cidadania em 1996. No ano seguinte ela visitou a cidade de Curitiba, através da Prefeitura de Rio Bonito e à pedido da ex-prefeita Solange Almeida, onde conheceu vários projetos sociais, dentre eles o de tecelagem manual.
“Quando eu voltei de Curitiba, foi um divisor de águas na minha vida. Voltei de lá e já fui fazer uma pós-graduação em Gestão de Projetos porque vi que queria trabalhar com projetos sociais e não com assistencialismo, aí comecei a estudar e me capacitei”, conta Clarice.
Através de outra instituição o Ecopolo recebe tecidos que seriam descartados de grandes marcas como Farm, Maria Filó, e outros, e agrega aos seus produtos, como bolsas e almofadas.
Capacitação
O Ecopolo oferece workshops de tecelagem durante o ano de forma espontânea ou por demanda, e sempre divulga no seu Instagram @ecopolo.tear. Atualmente tem uma parceria com a Igreja Metodista de Rio Bonito através do projeto Ame. Mais informações através do Instagram da marca.
Lívia Louzada