Golfinho é encontrado morto em praia de Saquarema

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Na manhã  do último domingo (7), um golfinho foi encontrado no Bairro de Barra Nova, na altura do trevo, em Saquarema, na Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro. De acordo com a página Saquarema da Depressão, no Facebook, os moradores ficaram na dúvida se o animal seria um golfinho ou um filhote de baleia Orca.

A equipe do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Faculdade de Oceanografia da UERJ, a MAQUA/UERJ, fez o recolhimento do animal. Segundo os especialistas, realmente, trata-se de um golfinho-de-dentes-rugosos, da espécie Steno bredanensis. A necropsia ainda não foi realizada, por isso, não se sabe qual foi a causa da morte do animal.

Para o professor e oceanógrafo José Lailson, Coordenador do laboratório, a especie não está classificada como ameaçada de extinção, mas sofre por causa da poluição e da interação negativa com a pesca.

“Morrem muitos golfinhos na costa do estado do Rio de Janeiro. Existe uma fragilidade das espécies que ocorrem por aqui devido a inúmeros fatores. A interação com a pesca, a poluição química e sonora são os principais aspectos de pressão. No caso da poluição, ela pode diminuir a imunidade das populações e deixá-las mais vulneráveis às doencas”, explicou o professor.

Ainda segundo o MAQUA, a espécie encontrada em Saquarema possui dentes com finas estrias verticais. Eles são os responsáveis pelo curioso nome do mamífero, que também tem o dorso cinza ou marrom, o ventre claro, a ponta do bico branca e manchas pelo corpo.

De acordo com o laboratório da UERJ, outra característica marcante é o formato da cabeça em cone. O grupo de estudo identifica o animal como forte e robusto, podendo chegar a mais de 2,65 metros. Além disso, ele ocupa regiões de águas profundas, assim como utiliza enseadas e baías.

O MAQUA também aponta que, no Sudeste do Brasil, os golfinhos-de-dentes-rugosos são comumente vistos bem pertinho da costa. Eles adoram as baías de Guanabara e de Ilha Grande. São brincalhões e altamente sociáveis. Costumam acompanhar barcos e interagir com seres humanos. Desse modo, não é raro ver um golfinho desses carregando objetos encontrados no mar, sobre a cabeça ou presos às nadadeiras.

Fonte: Portal Eu, Rio!

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