O julgamento de Robson da Silva Ribeiro, acusado de matar e esconder o corpo do filho de 13 anos, foi realizado desta quinta-feira (17) no fórum de Araruama, na Região dos Lagos do Rio. Robson Júnior foi morto em março de 2017 e o pai foi preso dois meses depois. A investigação da Polícia Civil apontou que o crime pode ter sido motivado por disputa envolvendo pagamento de pensão alimentícia.
Participaram da audiência oito testemunhas de defesa e cinco de acusação, além de sete jurados. O fórum da cidade ficou lotado e teve gente que ficou no corredor porque faltou vaga na sala de audiência. “Foi uma dor enorme. Meu mundo desabou ali”, relembrou a mãe da vítima, Monalisa Aparecida, durante a audiência.
O caso
O estudante foi encontrado morto na manhã do dia 10 de março de 2017, na areia, às margens de uma praia, quatro dias após desaparecer misteriosamente. Robson Júnior saiu de casa no dia 5 de março uniformizado para ir a um cursinho preparatório e não voltou mais para casa.
O desaparecimento de Robson também causou grande comoção nas redes sociais. Imagens do menino foram compartilhadas para ajudar nas buscas. O pai acusado do crime chegou a liderar movimentos cobrando justiça.
A Polícia Civil recolheu imagens de segurança, registros de coordenadas de GPS e de aplicativos de celular, informações de operadoras de telefonia, e ouviu testemunhas e teve provas de que o carro do pai estava nos locais onde o menino passou e o pai também esteve no local onde o menino foi encontrado morto.
Na época, o suspeito alegou, segundo a polícia, que encontrou com o filho ocasionalmente perto do colégio e o convidou a ir para a praia. Lá, por um descuido, Robson Junior teria se afogado, e o pai teria enterrado o filho para não ser responsabilizado. A Polícia Civil disse que a versão não se sustenta com as provas colhidas.
Fonte: G1