O Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo paulista, confirmou que o caso suspeito de variante indiana do coronavírus, de um morador de Campo dos Goytacazes que desembarcou em São Paulo vindo da Índia no último sábado, se trata mesmo da nova cepa. É o primeiro registro da variante em solo brasileiro.
A viligância, no entanto, falhou no monitoramento e isolamento do viajante. O homem de 32 anos foi identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao desembarcar no aeroporto internacional de Guarulhos no último sábado. O órgão federal informou a secretaria estadual sobre o caso positivo quando o homem já havia viajado até o Rio, onde chegou à noite e se hospedou num hotel, ao lado do Aeroporto Santos Dumont.
No domingo, ele foi de carro para a cidade do Norte Fluminense e, depois, retornou para a capital na segunda-feira, onde voltou a se hospedar, em isolamento. Durante dois dias, o caso investigado circulou por três cidades e teve contato com dezenas de pessoas.
Tudo isso aconteceu porque, depois de fazer um exame RT-PCR em laboratório no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o viajante foi autorizado a embarcar em outro voo até o Rio, antes de o resultado da análise sair.
A secretaria de Saúde de São Paulo informou ter solicitado, após o informe da Anvisa, a lista completa dos passageiros do voo ao terminal de Guarulhos e dos funcionários do laboratório por onde passou o viajante. A pasta deve monitorar quem teve contato com o homem infectado.
Não há registros de casos de transmissão local dessa linhagem no estado de São Paulo, segundo o Adolfo Lutz.