Na última terça-feira (16), a Câmara de Tanguá aprovou um projeto de lei, enviado pelo Executivo, que batiza de “Praça José de Oliveira” no bairro da Mangueirinha, o local que está sendo construído pela Prefeitura. Além de morador da cidade por quase 60 anos, o pastor Vidal, como era conhecido, foi um dos fundadores da Igreja Assembleia de Deus da Mangueirinha. Ele faleceu aos 72 anos, em 1995. Segundo o Executivo, na localidade havia apenas uma quadra de esportes, mas ainda este ano, os moradores devem ganhar uma praça.
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O presidente da Câmara de Tanguá, Serginho do Pinhão, destacou a escolha de José de Oliveira e também seu legado na cidade.
“Apesar de não ter conhecido o José de Oliveira, sei que sua história perdura até hoje no município, principalmente através de sua família. Entre seus netos, o pastor Ozeias, titular da Igreja Assembleia de Deus da Mangueirinha, se destaca por suas ações em serviços sociais na cidade. Fico orgulhoso por fazer parte desta homenagem para esta figura tão importante para Tanguá”, disse o vereador.
De acordo com o projeto de lei, o homenageado nasceu em Italva, na região Noroeste Fluminense do Estado, mas se mudou para Tanguá, junto de sua esposa Dilce Moreira, para trabalhar em uma usina sucroalcooleira – que produz açúcar e álcool (etanol) a partir da cana-de-açúcar – em 1936. Durante os 59 anos em que morou na cidade, ele também trabalhou em uma plantação de laranja, na localidade de Lagoa Verde.
Ao longo de seu casamento com Dilce, José teve 12 filhos. Um deles nasceu com paraplegia e despertou uma proximidade da família com o cristianismo. Aos 5 anos, o menino recuperou o movimento nas pernas e começou a andar. O acontecimento, considerado um milagre pelos pais, influenciou o pastor Vidal a fundar a Igreja Assembleia de Deus da Mangueirinha, junto com o pastor Delaci Alcântara.
Em 1984, ele enfrentou a morte de sua esposa, Dilce. Alguns anos depois, se casou novamente com Conceição Miguel. Em 1995, aos 72 anos, o pastor homenageado faleceu, deixando um “legado de fé, trabalho e companheirismo”, como destaca a lei.
Por Clara Egger (Estagiária sob supervisão)
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