Menino que caiu de prédio e irmãos costumavam ficar sozinhos, dizem testemunhas

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Testemunhas contaram em depoimento que o menino Hallan Luis Silva Ramos Ventura, de 7 anos, e seus irmãos de 8 e 4, costumavam ficar sozinhos no apartamento em que moravam, no bairro do Andaraí, na Zona Norte do Rio. A criança morreu na manhã deste domingo (26), após cair do segundo andar do prédio onde vivia com a família, na Rua Dona Amélia. No momento do acidente, estavam somente a vítima e o mais velho na residência.

O menino vivia no apartamento com os irmãos, a mãe, Jéssica da Silva Ramos, a avó Marise Alves da Silva e o tio, Luís Felipe Silva Ramos. Entretanto, nenhum dos três adultos estava no imóvel no momento do acidente. De acordo com informações do Registro de Ocorrência, a queda aconteceu quando a criança tentava passar do próprio quarto para o da avó pela janela. O caso é investigado pela 20ª DP (Vila Isabel) como abandono de incapaz com resultado de morte.

A síndica do condomínio contou em depoimento que era madrinha de Hallan e chamada de “vovó” pelos três irmãos, porque ajudou a criá-los. Segundo ela, a avó das crianças não estava em casa porque trabalha todos os dias, inclusive aos domingos, como cuidadora de idosos para ajudar a sustentar a filha e os netos. A mulher relatou ainda que Jéssica trabalha no setor administrativo de uma rede de hospitais e que cuida bem dos filhos, mas que costuma deixar os meninos sozinhos para sair com os amigos e ir para baladas aos fins de semana.

Ainda de acordo com a oitiva da síndica, o irmão mais velho do menino bateu em sua porta, por volta das 11h40, e ao abrir teria contado que a vítima caiu quando tentava passar entre os cômodos. Ela relatou que precisou acalmar o menino, que estava em estado de choque. Também em depoimento, um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Andaraí disse que vizinhos reforçaram a versão da síndica de que a mãe das crianças sai constantemente para lazer, deixando os filhos sozinhos.

No relato, o PM afirma que encontrou o apartamento da família “em estado lastimável, com bagunça, sujeira e deterioração” e que, aparantemente, o espaço onde ocorreu a queda tinha uma grade que não protegia a janela inteira. Até o momento, a mãe de Hallan não foi localizada. Na manhã desta segunda-feira (27), um tio do menino esteve no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, para liberar o corpo dele. Ainda não há informações sobre o sepultamento da criança.

 

Crédito: odia.ig.com

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