MPRJ pede que Flordelis use tornozeleira eletrônica e seja afastada de seu cargo na Câmara dos Deputados

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O promotor Carlos Gustavo Coelho de Andrade, representante do Ministério Público do Estado (MPRJ), solicitou que Flordelis seja afastada de seu cargo na Câmara dos Deputados, em Brasília. Mas, para além disso, ele pediu que a 3ª Vara Criminal de Niterói adote novas medidas cautelares contra a pastora que é acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo. Dentre as medidas, está o uso de uma tornozeleira eletrônica. O pedido foi feito na última semana.

O promotor ainda solicitou que ela cumpra recolhimento domiciliar noturno. Essas medidas foram sugeridas  após o ataque de um bomba no quintal de uma testemunha do caso, que ocorreu no dia 4 de setembro, a Corregedoria da Câmara teve dificuldades de encontrar a parlamentar.

“Ainda que tenha finalmente a ré sido localizada após diversas tentativas infrutíferas, e mesmo que venha a apresentar defesa na Câmara dos Deputados ou nestes autos, o só fato de ter permanecido em paradeiro desconhecido, sem ser encontrada pela Corregedoria da Câmara e por Oficiais de Justiça, de forma concomitante ao exercício de posição de poder estatal e simultânea à ocorrência de atentado a bomba contra a casa de um testemunha de vital importância no feito, demonstra a necessidade de seus passos poderem serem monitorados: apenas assim, na impossibilidade constitucional de decretação”, disse o MPRJ. Até o momento, não houve uma decisão judicial sobre o pedido.

O ataque foi feito a dona da oficina na qual trabalhava Lucas, o filho de Flordelis, que hoje está preso. Ela foi uma das testemunhas do caso e reafirmou que Lucas tinha sim recebido uma mensagem no WhatsApp com o plano de matar Anderson. O ataque ocorreu após o seu depoimento. Uma bomba caseira foi jogada no quintal da casa da empresária e acredita-se que o objetivo da ação era calar a mesma para que ela não falasse mais sobre o caso. Ela teme sofrer novos ataques.

“A testemunha acredita que ‘a bomba foi jogada em seu quintal para intimidar a depoente’ e também para intimidar Lucas, ‘que poderia sentir-se pressionado a voltar atrás em sua versão para que a depoente não sofresse novos ataques e atentados’, sustentando que o atentado seria uma forma de ‘passar um recado para Lucas, para que ele calasse a boca e não mais relatasse a verdade’, já que Lucas teria uma relação de afeto filial-maternal com a testemunha vitimada”, disse o promotor do caso sobre o tema.

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